Após protestos em mais de 200 cidades, Bolsonaro diz que 'faltou erva' para atos
Repetindo uma estratégia de seus aliados, o presidente afirmou que as manifestações reuniram 'pouca gente' e atribuiu isso à 'falta de erva e de dinheiro'
O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta segunda-feira, 31, as manifestações realizadas contra o governo federal no último sábado, 29. Repetindo uma estratégia de seus aliados, o presidente afirmou que os protestos reuniram "pouca gente" e atribuiu isso à "falta de erva e de dinheiro".
Os atos, no entanto, levaram milhares de pessoas às ruas em mais de 200 cidades do País, incluindo as 27 capitais, na maior manifestação contra o governo federal desde o início da pandemia As maiores concentrações foram registradas em São Paulo e no Rio de Janeiro, que no fim de semana anterior havia recebido uma "motocada" em apoio a Bolsonaro.
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"Sabe por que tem pouca gente nessa manifestação da esquerda do último fim de semana? Porque a PF (Polícia Federal) e a PRF (Polícia Rodoviária Federal) estão apreendendo muita maconha pelo Brasil. Faltou erva para o movimento. Faltou dinheiro também", afirmou o presidente a apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada, dando risada em seguida.
Além dos atos no Brasil, no sábado também foram registrados protestos contra Bolsonaro no exterior. Pressionados pelas mobilizações em defesa do governo nas últimas semanas, líderes de movimentos sociais, centrais sindicais e partidos de oposição decidiram abandonar o "fique em casa" na pandemia e ir às ruas. Houve resistência e discordâncias e os atos foram convocados com orientações de cuidado como distanciamento social e uso de máscaras PFF2. Houve muita aglomeração mesmo assim.
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Durante a conversa com apoiadores nesta manhã, Bolsonaro também confirmou que vai a Vitória no próximo dia 11 participar do lançamento de conjuntos habitacionais do Programa Casa Verde Amarela.
O presidente ainda comentou a entrevista dada pelo prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD). O mineiro afirmou ao programa Brasil Urgente, da Band, que o presidente seria bem recebido na cidade. "Não há um político no Brasil que o prefeito não receba. E, de mais a mais, andar de motocicleta não está proibido na nossa cidade. Então, por enquanto, não vejo nenhum problema nisso", afirmou Kalil na sexta-feira, 28.
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Apesar do aceno do prefeito, Bolsonaro criticou gestores estaduais e municipais por restringirem o funcionamento das atividades para evitar a propagação do coronavírus.
"Vi um vídeo do Kalil e ele disse que não tem problema andar de moto, motocicleta, cavalo. Vi um vídeo dele. Fechou demais. A destruição de empregos foi enorme, patrocinada por alguns governadores e prefeitos", declarou o presidente.
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