Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga presta novo depoimento à CPI da Covid nesta terça-feiraJefferson Rudy/Agência Senado

Por iG - Pedro Jordão
Nesta terça-feira, 08, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, é ouvido novamente na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Ao ser questionado sobre posturas e posicionamentos de Jair Bolsonaro (sem partido), na pandemia, ele disse que não é responsável por isso e que já conversou com o presidente sobre o tema, não tendo efeito. Assista ao vivo:
"Eu sou ministro da Saúde, não sou censor do presidente da República", afirmou Queiroga. O relator da CPI, Renan Calheiros, o questionou se ele já havia orientado Bolsonaro sobre a necessidade de usar máscara de proteção contra a Covid-19 e fazer distanciamento social. "Já conversei com o presidente sobre esse assunto e, quando ele está comigo, ele usa máscara na grande maioria das vezes".
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Queiroga ainda disse que não iria fazer "juízo de valor" sobre as posturas pessoais e individuais do presidente.
Marcelo Queiroga deu início a seu depoimento defendendo a vacina, as medidas de proteção, como uso de máscaras e o distanciamento social.

"No primeiro momento em que estive aqui, eu tinha a dizer basicamente projetos e compromissos. Agora, cerca de 60 dias como ministro da Saúde, já posso mostrar alguns resultados. Eu acredito fortemente que o caráter pandêmico dessa doença só será cessado com uma eficiente campanha de vacinação. Por isso, todos os dias, trabalho no ministério para prover mais doses de vacinas", afirmou.
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Queiroga também disse que o Sistema Único de Saúde é um patrimônio de todos os brasileiros e citou que o país já passou a marca de 165 milhões de doses de vacinas entregues a estados e municípios. Segundo o ministro da Saúde, toda população acima de 18 anos vai ser vacinada até o final deste ano.

Queiroga é o primeiro depoente a voltar a à CPI da Covid. O ministro foi ouvido no ao Senado Federal no dia 06 de maio e respondeu de maneira evasiva às perguntas que lhe fizeram. A expectativa é de que o cardiologista seja mais assertivo.
Interlocutores do presidente enxergam a reconvocação como tentativa de desgastar a imagem do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e comemoram que um novo depoimento do ex-ministro Eduardo Pazuello foi considerado desnecessário.