Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga Jefferson Rudy/Agência Senado

Por IG - Último Segundo
Rio - O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga prometeu à Organização Mundial da Saúde (OMS), em abril, que incentivaria o uso de máscara no Brasil, apontam documentos do Itamaraty enviados à CPI da Covid e obtidos pela TV Globo. Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro informou que pediu que o ministro editasse medidas para desobrigar o uso do equipamento de segurança.
O relatório diz que Queiroga teve uma reunião no dia 3 de abril com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom. O documento foi enviado pela Missão Permanente do Brasil em Genebra ao Ministério das Relações Exteriores no dia 5 de abril.
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Conforme a Missão Permanente do Brasil, na reunião: "O dr. Queiroga afirmou que, desde que assumiu a função de ministro da Saúde, tem se empenhado em dar exemplo quanto às medidas de saúde pública para enfrentar a pandemia, a exemplo do uso de máscaras".
Na sequência o documento informa que Queiroga afirmou à OMS que busca "incentivar a adesão social, ainda limitada e errática", às ações "fundamentais" para o combate à pandemia.
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O uso de máscara é incentivado pela OMS e entidades médicas desde o início da pandemia para conter a disseminação do coronavírus. Estudos científicos mostram que as máscaras devem ser mantidas contra reinfecção e transmissão da covid-19.
No entanto, o presidente Jair Bolsonaro insiste em criticar o uso do equipamento de segurança. Na quinta-feira (10) ele afirmou ter pedido a Queiroga que editasse medidas a fim de desobrigar o uso de máscaras por pessoas já vacinas ou que já tenham contraído a doença. A declaração foi criticada pela população, políticos e especialistas, uma vez que a média móvel de mortes está em 1,9 mil óbitos por dia, com 11% da população vacinada.

Neste domingo, Bolsonaro foi multado pelo governo de São Paulo por estar sem máscara em local público.