Vacina da Pfizer será doada a países pobres, diz chefe-executivo da PfizerREUTERS/Dado Ruvic/Direitos reservados

Por iG
Uma mulher acionou a Justiça do Distrito Federal para tomar a segunda dose da vacina da Pfizer dentro do período orientado pela farmacêutica, e não em três meses como indica o Ministério da Saúde. Na ação, a aposentada Dulcimar Ribeiro Fernandes, de 58 anos, alega ter tomado a primeira dose no dia 11 de maio e informa que a segunda dose está marcada para 3 de agosto, período de intervalo superior ao recomendado fabricante.

A pasta recomenda a aplicação da segunda dose da vacina em 12 semanas. O órgão utiliza como base alguns estudos realizados nos Estados Unidos, Reino Unido e Israel, que apontam eficácia maior que 80% se as doses forem aplicadas neste intervalo.
Na sexta-feira (11), o juiz Rogério Faleiro Machado negou o pedido de liminar, alegando que não cabe ao Judiciário estabelecer as normas e prioridades em matéria de política pública de saúde.
“Aliás, o pedido formulado nesta ação, a par da compreensível preocupação da parte autora, acaso julgado procedente, caracterizaria terrível e desmotivada violação ao princípio da isonomia, haja vista que lhe concederia tratamento privilegiado em detrimento de outros cidadãos nas mesmas condições clínicas e que tiveram de se submeter à mesma regulamentação no que diz respeito à data da segunda dose."
Publicidade
A advogada Mayra Coury disse que vai recorrer da decisão. “A eficácia da vacina contra a Covid-19 da Pfizer-BioNtech foi comprovada por meio de testes realizados em aproximadamente 43 mil participantes, com intervalo específico de 21 dias entre a aplicação da 1ª e 2ª doses. Com esse protocolo de vacinação, a farmacêutica concluiu que a eficiência da vacina é de 95%”, afirmou.