Carlos Wizard não comparece na CPI e será o primeiro depoente alvo de condução coercitiva
A informação foi confirmada pelo presidente da Comissão, que avaliou a atitude do empresário como 'uma falta de respeito'
Empresário Carlos Wizard - Divulgação
Empresário Carlos WizardDivulgação
Por Pedro Jordão - iG
Rio - O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, o senador Omar Aziz (PSD-AM) suspendeu a sessão desta quinta-feira, 17, após o empresário Carlos Wizard não comparecer ao Senado Federal.
Aziz informou que vai solicitar a um juiz de primeira instância a condução coercitiva de Wizard para depor na CPI. "Conforme anunciado na reunião da terça-feira [15], essa comissão adotará, em relação ao depoimento de Wizard, assim como em relação a qualquer outro depoente que se recusar a comparecer, o procedimento descrito no artigo 3º, parágrafo 1º, da lei 1579 de 1952. Oficiaremos ao juiz criminal para que requisite autoridade policial e apresentação da testemunha faltosa, ou determinar que conduzido por oficial de justiça, o qual poderá solicitar o auxílio da força pública", declarou.
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O parlamentar também avaliou o comportamento do empresário como um "desrespeito". Veja o vídeo:
"O senhor Carlos Wizard tá achando que conseguir habeas corpus no Supremo é que nem ir na quitanda comprar bombom. É uma falta de respeito", desabafa Omar Aziz ao pedir força policial para convocação do depoente.
O presidente da CPI ainda determinou que um ofício seja enviado à Justiça Federal para que ela retenha o passaporte de Wizard assim que ele chegar ao Brasil, sob condução coercitiva, e que o documento só seja devolvido após depoimento na CPI.
"CPI dispõe de poderes próprios de autoridade judicial e, com base na teoria dos poderes implícitos, deve dispor de todos os meios suficientes para fazer cumprir as suas decisões", afirmou Aziz.
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