Durante a coletiva, o Secretário de Segurança Pública do Amazonas, Louismar Bonates, afirmou que a Força Nacional ainda não tem previsões para sair do Estado. Reprodução
As investigações para descobrir os mandantes e os envolvidos nos atentados que ocorreram na capital amazonense já estavam em curso e acabaram indo de encontro a uma investigação pré-existente, no Rio de Janeiro, acerca de um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo a facção criminosa Comando Vemelho e o Amazonas.
Na operação deflagrada nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro, foi empregada uma força-tarefa com mais de 400 policiais civis dentro do Complexo da Penha; no Amazonas, a operação contou com 60 policiais civis; e em São Paulo mais 30.
O Delegado de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Gabriel Poiava, confirmou que, em 1 ano e meio, foi identificada uma movimentação de mais de R$ 126 milhões vindos do Rio de Janeiro para fortalecer a facção criminosa Comando Vermelho no estado do Amazonas e facilitar a entrada de drogas e armas pelo Estado, que faz fronteira com o Peru e com a Colômbia. A quantia foi identificada por meio de contas de passagem e empresas de fachada, utilizadas para movimentar as remessas entre os Estados. Ainda de acordo com o delegado, dois mandados de prisão foram cumpridos em São Paulo, após também ter sido identificada uma ramificação do PCC no Estado do Amazonas, que utilizava o mesmo esquema de lavagem de dinheiro e acesso à fronteira para passagem de armas e drogas.
Durante a coletiva, o Secretário de Segurança Pública do Amazonas, Louismar Bonates, afirmou que a Força Nacional ainda não tem previsões para sair do Estado. Desde o início das investigações acerca dos atentados, 83 pessoas já foram presas.
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