Lázaro Barbosa foi capturado e morto na manhã desta segunda-feira, após 20 dias de buscas Reprodução

Por Anderson Justino
Rio - Lázaro não era um serial killer. É o que explica o perito em criminalista e psicanálise forense José Ricardo Bandeira. Para o especialista, Lázaro Barbosa possuía traços de spree killer, assassinos que não escolhem suas vitimas, que as matam apenas por questões de estarem impedindo sua fuga. A caçada ao criminoso terminou nesta segunda-feira, depois dele ter sido abatido por policiais militares de Goiás.  
"Um serial killer tem uma outra particularidade. Um serial killer possuiu um modus operandi próprio, ele possuiu um desejo a ser saciado. Portanto, as vítimas se enquadram em um mesmo perfil e a forma de cometimento do crime tem particularidades entre si. Já o spree Killer comete assassinatos em locais e datas diferentes sem que haja uma conexão clara entre os crimes, como perfil da vítima, modo de cometimento do crime. O spree killer não escolhe nem persegue a sua vítima.
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Para o especialista, Lázaro possuía traços de psicopata.
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"Pelo perfil, pelo laudo criminológico, ele tinha traços de psicopatia. Não teria como afirmar com 100% de certeza, mas pelo histórico dele, tinha transtorno antissocial, que pode ser uma psicopatia", disse. 
Para o advogado criminalista Marcus Mangini, a morte da Lázaro era prevista, apesar de todo o excesso. 
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"Acredito que num primeiro momento o objetivo dos policiais era, sim, efetuar a prisão do Lazaro, mas todavia, essa resistência fez com que ele fosse morto. Houve excesso? Num primeiro momento, ante imagens divulgadas, sim. Juridicamente esse excesso não é correto? Não. Mas é possível frisar que se tratava de um indivíduo de alta periculosidade. Havia uma questão de honra na captura de Lázaro. Tenho certeza que partiu de cima essa ordem para execução, Não concordo com o excesso, mas não culpo a polícia", ressalta o jurista, explicando que as comemorações perante a morte de Lázaro já eram esperadas. 
"Isso não aconteceu apenas pelo fato dos policiais estarem canado pela procura, mas pelo alcance que isso tomou. A própria sociedade aguardava uma resposta. Quem era o sujeito mais procurado em território nacional? Era o Lázaro".