Bandido teria resistido à prisãoDivulgação

Por O Dia
Rio - Após uma longa busca que durou 20 dias, o criminoso Lázaro Barbosa foi morto, nesta segunda-feira, em operação que contou com mais de 200 policiais e autoridades de de dois estados. O foragido tinha como trunfo o conhecimento da região por onde circulou durante esse período de fuga. Além das autoridades de segurança, as buscas também mobilizaram o país. O DIA relembra outros casos de perseguição que tiveram repercussão nacional.

Maníaco do parque

No fim da década de 90, o assassino em série conhecido como "Maníaco do Parque", Francisco de Assis Pereira, levou cerca de 23 dias para ser encontrado pelas autoridades. O criminoso sequestrava mulheres e as levava para ao Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, ou Parque do Estado, onde ele estuprava as vítimas e, em seguida, as matava. Os crimes aconteceram entre 97 e 98.

As suas buscas mobilizaram policias de vários estados, até a de Itaqui, no Rio Grande do Sul, onde o criminoso foi encontrado no dia 5 de agosto de 1998. Francisco de Assis tinha 30 anos e trabalhava como motoboy, o que facilitou sua identificação.

Ele foi condenado a 280 anos de prisão, mas só deve cumprir a pena máxima permitida no país que é de 30 anos. Preso em 1998, o Maníaco do Parque deve ser libertado em 2028.

Escadinha

O traficante José Carlos do Rei Encina, conhecido como Escadinha, teve uma das fugas mais cinematográficas do país em 1985. Ele foi resgatado naquele ano por seus comparsas de helicóptero do presídio de Segurança Máxima Cândido Mendes, na Ilha Grande, em Angra dos Reis.

Ao lado do irmão Paulo Cesar Encina, o Paulo Maluco, Escadinha é considerado um dos fundadores da facção Comando Vermelho. Cercado pelo mar e por uma mata densa, o presídio da Ilha Grande era considerado um dos mais difíceis de se fugir. Após conseguir escapar da prisão, ele foi resgatado por José Carlos Gregório, o Gordo, que usou um helicóptero para resgatar Escadinha.

Meses após a fuga, Escadinha foi preso mais uma vez. O traficante chegou a comandar festas e casar dentro do presídio da Ilha Grande.
Fernandinho Beira-Mar
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Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, foi capturado em 2001 após uma caçada também digna dos filmes. O traficante foi preso na Colômbia, em área dominada pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). A operação contou com 350 homens, autoridades de pelo menos quatro países, inclusive agentes norte-americanos. Na época, Beira-Mar era considerado o responsável por 70% das remessas de cocaína distribuídas no Brasil.
Fernandinho foi localizado pelas forças de segurança em uma localidade onde era feito plantio, refino e produção da cocaína que vinha a ser escoada em todos os países sulamericanos. O exército colombiano montou um cerco para o traficante, após a esposa de Beira-mar ter sido presa com outros 15 comparsas em área próxima ao reduto das Farc. 
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Cerca de um mês depois da companheira de Beira-mar, Elizete Silva Lira, no dia 17 de abril, dois aviões monomotores foram interceptados pelo exército colombiano e obrigado a pousar em uma base militar. Em um deles, estava Fernandinho. O piloto, contudo, não acatou as ordens e desceu em uma área descampada, de onde o traficante e outros integrantes do seu bando fugiram para a mata. 
Após 48 horas de cerco na mata, desarmado, sem comida e sem água, Fernandinho Beira-mar se entregou para os militares colombianos.