Omar Aziz na CPI da Covid desta quinta-feira, dia 1º de julhoEdilson Rodrigues/Agência Senado

Por O Dia
Após a apresentação de um áudio do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) divulgado pelo representante da Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominguetti Pereira, o parlamentar desmentiu se tratar sobre vacinas. Em conversa com o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM) e membros da comissão, Miranda afirmou que o áudio falava sobre compras de luvas. 
Após ser citado, Miranda foi até a sala onde a CPI ouve Dominguetti e teve de ser contido por colegas e pela Polícia Legislativa do Senado. Em seguida, ele se reuniu com os membros da comissão. "Eu fui conversar com o deputado Luis Miranda. Chamei outros membros da CPI, como senador Fernando Bezerra e Marcos Do Val (Podemos-ES), para ser testemunha da minha conversa com ele. Assim não teria dúvida de que eu teria induzido. Bezerra conversou muito mais com ele do que eu", afirmou Aziz.
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Na conversa, Aziz afirmou que Miranda disse que o áudio se trata de uma conversa feita em 2020. "Ele disse que é uma negociação nos Estados Unidos, que não tem nada a ver com Brasil, e que não era sobre vacinas e nem se falava em imunizantes naquele período", disse o presidente da CPI. 
Miranda disse para os membros e para o presidente da comissão de que o áudio foi divulgado para acabar com a imagem e com os depoimentos feitos por ele. "Ele falou que está editado aqui para prejudicá-lo. Luis disse que foi até polícia para levar o áudio completo, fazer uma denúncia crime, e que irá dispor a edição do áudio", afirmou Aziz. 
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O presidente da CPI comentou sobre a divulgação do áudio durante a sessão desta quinta-feira. "A testemunha fala até do irmão do deputado. Vossa excelência foi induzido até falar do irmão do Luis Miranda", disse ele.
Em entrevista a jornalistas logo em seguida, disse que o policial mentiu. Segundo o deputado, a mensagem tratava de aquisição de luvas, e não de vacinas, e foi enviada em outubro de 2020. "Trata de fornecimento de luvas entre uma empresa privada e a minha empresa privada", disse Miranda.
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"A intenção é clara desde o princípio, é descredibilizar as testemunhas que de fato trouxeram evidência que existe corrupção dentro do Ministério da Saúde", completou Miranda.