Deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP)Valter Campanato/Agência Brasil
A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) afirmou, em live realizada na última sexta-feira, 2, que do que teria ouvido do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) dias antes do primeiro turno das eleições presidenciais de 2018. Aliada do presidente à época, Joice narrou na live uma conversa com Bolsonaro que teve entre 10 e 15 dias antes de 6 de setembro de 2018, quando o hoje presidente levou a facada de Adélio Bispo.
"Se eu tomasse facada, ganhava a eleição", teria dito o presidente pouco mais de uma semana antes do evento, contou Joice na live promovida pelo site DCM com o historiador Vinicius Carvalho e ao advogado Marco Aurélio de Carvalho.
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Ex-líder do governo e hoje rompida com Bolsonaro, Joice disse que não tinha informações sobre o que realmente aconteceu, mas que "alguns fatos" a deixaram apreensiva depois do ocorrido. Por exemplo, a deputada contou que acompanhava o presidente em muitos eventos de campanha e sempre indicava que ele usasse colete à prova de balas. Na volta de um desses comícios, o então candidato teria dito que, se tomasse uma facada, ganharia a eleição, como aconteceu. Joice diz que chegou a sonhar com o presidente sendo baleado.
Segundo Joice, todo o episódio, que ocorreu em 6 de setembro de 2018, foi "estranho'. "Primeiro, o número de policiais ao redor dele estava reduzido pela metade. Naquele dia, a célula de segurança estava incompleta. Algumas pessoas que geralmente estariam com ele naquele momento, como eu mesma, não foram comunicadas daquela agenda", disse. "Outra coisa que estranhamos foi ele estar nos ombros de alguém", completou.
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Crime sem mandante
Joice também afirmou ser estranho não se saber quem teria sido o mandante do crime, apesar de, em maio de 2019, a Justiça ter concluído que Adélio tem transtorno mental e é inimputável, isto é, não é capaz de entender seu crime e responder por seus atos.
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À época, Adélio revelou ainda que o motivo para tentar matar o então candidato à presidência porque ele era um "impostor". Ele também disse que tinha “desejo pessoal” de matar o ex-presidente Michel Temer.