Relator da CPI da Covid no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL)Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por iG
Brasília - Em publicação nas redes sociais, o relator da CPI da Covid no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), acusou o presidente Jair Bolsonaro de buscar vacinas em troca de propina. Calheiros fez diversas acusações contra o governo federal ao resumir os 60 dias de trabalhos da comissão.
O senador disse ainda que o Palácio do Planalto foi omisso na pandemia e acusou Bolsonaro de 'sabotar imunizantes' . Renan Calheiros ainda acusou os filhos do presidente de participação nas mortes pela doença. 
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"Síntese de 60 dias de CPI: Bolsonaro desdenhou da pandemia, criou governo paralelo, sabotou os imunizantes, alastrou o vírus e entregou vidas a charlatães e lobistas de cloroquina como ele e os filhos;300 mil mortes eram evitáveis; só quis a vacina quando houve chance de propina", escreveu. 
Bolsonaro é centro de diversas acusações de omissão e desinteresse por vacinas na CPI da Covid no Senado. Na última semana, outras duas denúncias atingiram o Planalto, o que motivou abertura de inquérito da Procuradoria-Geral da República contra o presidente por prevaricação . Na acusação, apresentada pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e por seu irmão, Luis Ricardo Miranda, Bolsonaro foi avisado de irregularidades na compra da vacina Covaxin - imunizante indiano produzido pela Barath Biontech - mas não teria tomado providências.

O Planalto ainda encara outra denúncia por suspeita de corrupção. O policial militar, Luiz Paulo Dominguetti, afirmou ao jornal Folha de S. Paulo que é representante da Davati Medical Supply no Brasil e teria oferecido a vacina da AstraZenica ao Ministério da Saúde . No entanto, foi surpreendido por um pedido de propina de US$ 1 por dose, que, se somado, poderia gerar R$ 2 bilhões para funcionários do ministério. O diretor de logística da pasta, Roberto Dias, suspeito de ter solicitado o dinheiro, foi exonerado do cargo.