Médici foi presidente do Brasil de 1969 a 1974 no período da ditadura militar Arquivo Brasil
Além de netas, filha, sobrinha e nora de ex-presidentes da ditadura, a lista de pensionistas também inclui filhas e viúvas de sete ex-ministros e um ex-chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI).
O marechal Humberto Castello Branco, primeiro presidente da ditadura militar, de 1964 a 1967, é o recordista em parentes pensionistas. Suas três netas, Heloisa, Cristina e Helena Alvim Castello Branco, receberam R$ 92 mil em 2020, uma média de R$ 7,6 mil mensais.
Artur Costa e Silva, segundo presidente do Brasil durante o período da Ditadura Militar, governando o país de 1967 a 1969, tem uma nora na lista de pensionistas, Anna Eulina da Costa e Silva. Ela recebeu R$ 524 mil em 2020 como dependente de seu marido, Álcio Barbosa, filho do ex-presidente.
Além dos ex-presidentes, pelo menos outros oito militares de alta patente, também da cúpula da ditadura militar, têm filhas ou viúvas como pensionistas.
Estão na lista o tenente-brigadeiro Joelmir Campos de Arararipe Macedo, ministro da Aeronáutica entre 1971 e 1979, o general Fernando Belford Bethlem, o almirante Maximiano Eduardo da Silva Fonseca e quatro ministros generais, Hugo de Andrade Abreu, Gustavo Moraes Rego Reis, Danilo Venturini e Rubem Carlos Ludwig. Apesar de não ter tido status de ministro, o general Octávio Aguiar de Medeiros contava com prestígio no governo Figueiredo e possui pensionistas. Ele comandou o Serviço Nacional de Informações (SNI), de 1979 a 1985.
Ao todo, somada as despesas com os ex-militares e líderes do governo na época da ditadura, foram gastos mais de R$ 2,8 milhões em pensões em 2020.
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