Presidente da República Jair Messias BolsonaroAFP
"Não tenho medo de eleições, entrego a faixa para quem ganhar, no voto auditável e confiável. Dessa forma, corremos o risco de não ter eleições no ano que vem, porque o futuro de vocês que está em jogo", disse. E continuou: "Nós não podemos esperar acontecer as coisas para depois querer tomar as providências. "O que está em jogo, pessoal, é o nosso futuro e a nossa vida, não pode um homem querer decidir o futuro do Brasil na fraude. Já está certo quem vai ser o presidente do Brasil no ano que vem, como está aí, a gente vai deixar entregar isso?".
Bolsonaro afirmou novamente, sem provas, que houve fraude na disputa à Presidência da República de 2014, apesar de o candidato derrotado no segundo turno daquela eleição, Aécio Neves (PSDB-MG), já ter descartado a hipótese. "Nós vamos ter eleições limpas, pode ter certeza. E eu não participar de fraude não quer dizer que eu vou ficar em casa".
Ele afirmou que dava recado a todos os brasileiros para que "lutem pela sua liberdade". "Não queiram que um homem sozinho resolva o seu problema, é igual um casal, os dois têm que resolver juntos", disse a seus apoiadores.
AI-5
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes também foi alvo de insultos de Bolsonaro, que defendeu aquilo que entende como cumprimento do artigo 142 da Constituição, segundo o qual as Forças Armadas devem garantir os poderes constitucionais.
"Se está lá, é pra respeitar. Inclusive, o senhor Alexandre de Moraes tem que respeitar o artigo 142. O cara levanta A-I5. O que é A-I5? Não existe AI-5. E alguns acham que eu estou querendo dar o golpe. Fala pra esse otário que eu já estou no poder", disse o presidente, ao citar Ato Institucional Número 5, o mais duro da ditadura militar.
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