Anvisa diz que não há estudos conclusivos sobre a necessidade de uma terceira dose ou dose de reforçoMarcelo Camargo/Agência Brasil

Rio - Na noite desta quarta-feira, 14, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esclareceu que, até o momento, não há estudos conclusivos sobre a necessidade de uma terceira dose ou dose de reforço para as vacinas contra covid-19 autorizadas no Brasil. Segundo a agência, as pesquisas são desenvolvidas pelos laboratórios farmacêuticos.

Em nota, a Anvisa informou que, até esta quarta, recebeu dois pedidos de autorização para pesquisa clínica, que busca investigar os efeitos de uma dose adicional do imunizante contra a doença.
"A Anvisa vem acompanhando as discussões, as publicações e os dados apresentados sobre o surgimento de novas variantes do vírus Sars-CoV-2 e seu impacto na efetividade das vacinas. Até agora, todas as vacinas autorizadas no Brasil garantem proteção contra doença grave e morte, conforme os dados publicados", afirmou o órgão regulador em comunicado.

Estudos em andamento

Ainda segundo a Anvisa, o primeiro é um estudo da Pfizer/BioNTech que apura os efeitos, a segurança e o benefício de uma dose de reforço de sua vacina, a Comirnaty. Nesta pesquisa, a dose de reforço do fármaco da Pfizer será aplicada em pessoas que tomaram as duas doses completas da vacina há pelo menos seis meses. O estudo da Pfizer foi autorizado pela Anvisa em 18 de junho e a condução do estudo é de responsabilidade do laboratório, de acordo com o órgão.

O segundo caso é o do laboratório AstraZeneca, que desenvolveu uma segunda versão da vacina que está em uso no país, buscando a imunização contra a variante B.1.351 do Sars-CoV-2, identificada primeiro na África do Sul. A pesquisa da AstraZeneca foi autorizada pela Anvisa nesta quarta-feira, 14.

Um dos braços do estudo prevê que uma dose da nova versão da vacina (AZD 2816) será aplicada em pessoas que foram vacinadas com duas doses da versão atual da AstraZeneca (AZD1222) ou duas doses de uma vacina de RNA mensageiro (RNAm) contra Covid-19. Nesse caso, o estudo prevê que essa dose adicional será aplicada em pessoas cujo exame e monitoramento não identificam a produção de anticorpos capazes de atuar contra o novo coronavírus.