As negociações envolviam um suposto pedido de propina de US$ 1 por dose dos imunizantes Jefferson Rudy/Agência Senado

Brasília - O representante brasileiro da empresa Davati Medical Supply, Cristiano Alberto Carvalho, irá depor na CPI da Covid nesta quinta-feira, 15. Seu depoimento deverá ser pautado pela fala do policial militar Luiz Paulo Dominghetti, que informou a CPI sobre um suposto pedido de propina do então diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias. 
De acordo com o depoimento à CPI do policial militar Luiz Paulo Dominghetti, as tratativas para aquisição das vacinas, por parte do governo federal, envolviam um pedido de propina de US$ 1 por dose dos imunizantes. A princípio, seriam comercializadas 400 milhões de doses do imunizante. O pedido teria sido feito em 25 de fevereiro, em encontro com Dias no restaurante Vasto, durante um jantar em um shopping de Brasília.

Cristiano deve ser questionado sobre as negociações da Davati com o Ministério da Saúde, as relações com o reverendo Amilton Gomes eo então citadopedido de propina envolvendoa compra da AstraZeneca pelo Governo Federal.
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A Davati negou qualquer envolvimento com Dominghetti, embora o mesmo tivesse se apresentado como representante da empresa no Brasil. A companhia também informou, através de nota, que "nesse caso, ele apenas intermediou a negociação da empresa com o governo, apresentando o senhor Roberto Dias. Sobre a denúncia relatada por Dominguetti, de que o Ministério da Saúde teria solicitado uma 'comissão' para a aquisição das vacinas, a Davati afirma que não tem conhecimento".
Roberto Dias negou o pedido de propina e acusou Dominghetti de ser um "picareta". O ex-servidor da pasta da Saúde foi exonerado do cargo no mesmo dia em que as denúncias surgiram.
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