Ministro da Economia, Paulo GuedesMarcelo Camargo/Agência Brasil

Brasília - Depois de perder um quinhão de seu superministério, o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu nesta quinta-feira que as mudanças foram feitas para "acomodação política" e angariar apoio do governo no Congresso Nacional, o que, segundo ele, é natural para dar sustentação à agenda de reformas.
Guedes comentou as mudanças pretendidas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que convidou o senador Ciro Nogueira (PP-PI) para ser ministro da Casa Civil, o que deverá levar a um efeito dominó: o atual ocupante do cargo, general Luiz Eduardo Ramos, será realocado na Secretaria-Geral de Governo, onde está hoje Onyx Lorenzoni, que se tornará ministro do Emprego e Previdência Social, assumindo uma nova pasta a ser criada em área que hoje está sob comando de Guedes.
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"A sustentação parlamentar é decisiva. É natural que haja coalizão política de centro-direita para sustentar agenda de reformas", afirmou Guedes na entrada do ministério, após participar de evento de inauguração da Antena Multissatelital no Ministério da Defesa.
O ministro ressaltou que a agenda econômica avançou bastante neste ano e que a Câmara acelerou reformas, mas que o governo ainda encontra dificuldades no Senado. Guedes disse ainda ser "natural" uma reacomodação de forças políticas. "É natural que o presidente queira reforçar sustentação parlamentar, particularmente no Senado", acrescentou.