Barroso: ministro do STF e também do TSEDivulgação / TSE

Brasília - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apresentou nesta segunda-feira, 9, ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro pelo vazamento do inquérito sigiloso da Polícia Federal que apura uma tentativa de ataque ao sistema interno da Corte ocorrida em 2018.
O documento, assinado pelos sete integrantes do TSE, diz que as informações divulgadas 'deveriam ser de acesso restrito' e podem prejudicar a realização e apuração das eleições.
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O pedido é para que Bolsonaro seja investigado na mesma frente de apuração, vinculada ao chamado inquérito das fake news, que foi aberta na semana passada na esteira das ameaças do chefe do Executivo às eleições e dos ataques às urnas eletrônicas. Além dele, foram acionados o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) e o delegado responsável pela investigação sigilosa.
A íntegra do inquérito, que ainda está em curso, foi compartilhada na semana passada pelo presidente em seus redes sociais. O TSE também pede que as publicações sejam apagadas imediatamente.
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"Há indícios, portanto, de que informações e dados sigilosos e reservados do Tribunal Superior Eleitoral tenham sido divulgados, sem justa causa, inicialmente pelo Delegado de Polícia Federal, e, na sequência, pelo Deputado Federal Felipe Barros e pelo Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro", diz um trecho da notícia-crime.