"O Brasil precisa de mão de obra técnica, profissional", disse o ministroIsac Nóbrega/PR

Neste sábado, 21, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, questionou a aquisição do diploma universitário em meio a um cenário de desemprego. Segundo o ministro, pessoas de baixa renda utilizam o financiamento e depois ficam “endividadas”. A declaração foi feita durante um evento do Ministério da Educação na cidade de Nova Odessa, em São Paulo.
"De que adianta você ter um diploma na parede? O menino faz inclusive o financiamento do FIES que é um instrumento útil, mas depois ele sai, termina o curso, mas fica endividado e não consegue pagar porque não tem emprego", disse.

O ministro também falou em defesa do ensino técnico, pois, segundo ele, a faculdade deveria vir após o emprego. “O Brasil precisa de mão de obra técnica, profissional. Depois o moço ou a moça, elas fazem esse curso, arrumam um emprego, e falam: 'o que eu gostaria mesmo é ser um doutor. Eu fiz um curso técnico em veterinário, já tenho um emprego, mas eu quero ser um médico veterinário”.

No evento, estudantes realizaram protestos contra o titular da pasta e contra cortes orçamentários em universidades federais. O grupo foi retirado à força pela Polícia Militar do portão do local.

No último dia 9, Milton Ribeiro disse, em entrevista à TV Brasil, que a universidade deveria ser "universidade deveria, na verdade, ser para poucos, nesse sentido de ser útil à sociedade". Em outra declaração nesta quinta-feira, 19, o ministro disse que há crianças com "um grau de deficiência que é impossível a convivência". Após a repercusão, o Ministério da Educação (MEC) divulgou uma nota com um pedido de desculpas em nome do ministro “às pessoas que se sentiram ofendidas”.