O procurador-geral da República, Augusto Aras durante sabatina da Comissão de Constituição de Justiça (CCJ), no SenadoPedro França/Agência Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que deve submeter ao plenário ainda nesta terça-feira, 24, no plenário, o nome do procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras. Há pouco, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, por 21 votos a 6, a recondução de Augusto Aras para o cargo. Ele foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para um segundo mandato de dois anos mesmo estando fora da lista tríplice aprovada pela classe.

"Parece que foi uma sabatina muito regular, dentro do que era previsto, presidida pelo presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Agora, uma vez aprovado na CCJ, temos condição de apreciar a indicação do Dr. Augusto Aras ainda na sessão de hoje É o que pretendo fazer", disse Pacheco.
Para aprovação da recondução, serão necessários no plenário do Senado pelo menos 41 votos para a aprovação.
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Durante a sabatina, Aras negou ter sido omisso em relação a condutas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e disse que não é "censor" de autoridades nem "engavetador". Além disso, ao ser questionado sobre prisões de bolsonaristas, ele também afirmou que "houve ameaças reais a ministros do Supremo Tribal Federal (STF)".
Senadores questionaram sobre os desdobramentos da CPI da Pandemia e o inquérito sobre as fake news em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF). A sabatina, conduzida pelo presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), se estendeu por seis horas.
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Aras negou ter se alinhado a Bolsonaro e procurou responder às acusações de quem tem sido omisso ao não adotar providências contra o presidente. O procurador-geral da República disse que tomou uma série de medidas contra a vontade do governo, mas de acordo com a Constituição. Entre elas a manifestação a favor da obrigatoriedade das vacinas, pela constitucionalidade do inquérito das fake news, pela instauração de investigação dos atos antidemocráticos e pela permanência de diplomatas venezuelanos no Brasil.
"Fui contra a privatização total dos serviços postais e a favor dainconstitucionalidade da jornada de 12 horas por 36 mediante acordo.Este PGR discordou em 30% dos pedidos de liminares oriundos do governo federal e em 80% das suas manifestações em matéria de covid e teve 80% de suas manifestações acolhidas pelo Supremo Tribunal Federal", disse ele.
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*Com informações do Estadão Conteúdo