O depoimento havia sido marcado, anteriormente, para a última quinta-feira, mas o depoente não compareceuReprodução
O depoimento havia sido marcado, anteriormente, para a última quinta-feira, 16, mas o depoente não compareceu. Segundo sua equipe de advogados, o empresário se ausentou por não ter tido tempo suficiente para se programar e estar presente no Senado.
O depoente obteve do Supremo Tribunal Federal (STF) habeas corpus que lhe garante o direito constitucional de permanecer em silêncio no caso de questionamentos que possam incriminá-lo.
O requerimento para convocação de Pedro Benedito Júnior foi apresentado por Humberto Costa (PT-PE). De acordo com o parlamentar, a denúncia é objeto de avaliação no Tribunal de Contas da União, no âmbito de processo que está sendo movido por um grupo de profissionais médicos ligados à empresa.
Humberto Costa também diz que diversos usuários da Prevent têm procurado os membros da CPI para denunciar a política de indução ao tratamento precoce. Sem fazer referência ao nome do denunciante, o senador cita no requerimento uma dessas mensagens:
“Minha companheira testou positivo ontem e ao passar pela consulta o médico disse que era protocolo da empresa oferecer o kit. Ela recusou. Mais tarde, em casa, recebeu um telefonema de um funcionário insistindo em que ela aceitasse tomar o kit com cloroquina, porque era o único remédio para isso, e que se a doença ficasse pior, não tinha o que fazer, a não ser entubar”, diz mensagem inserida no requerimento do senador.
Na última quinta-feira, 16, o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), submeteu à aprovação um requerimento para pedido de informações ao Conselho Regional de Medicina de São Paulo. A intenção é obter mais dados sobre as denúncias de ameaças feitas aos profissionais. Já os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Humberto Costa sugeriram a possibilidade de a CPI ouvir os médicos denunciantes em reunião reservada, se for necessário.
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