Por meio da Assessoria de Comunicação da Advocacia-Geral da União, André Mendonça informou que "a crítica é normal no ambiente democrático"Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Desde então, Mendonça espera ser sabatinado pelo Senado, mas, para tanto, é necessário que o presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), marque a entrevista. O parlamentar já deu indícios de que não deseja pautar a sabatina, apesar da pressão que vem sofrendo.
No entanto, de acordo com a jornalista Malu Gaspar, do jornal "O Globo", mesmo "ignorado" por Alcolumbre, Mendonça tem afirmado a interlocutores que não possui pressa. Isso porque, segundo o ex-AGU, o senador tem se desgastado ao não marcar logo a sabatina. Ou seja, ele seria vencido pelo cansaço.
Na avaliação de Mendonça, chamado por Bolsonaro como "terrivelmente evangélico", quanto mais tempo demora a entrevista, mais fácil será a sua aprovação. Inclusive, ele tem dito que pode esperar até um ano e meio para assumir a vaga no STF - justamente o tempo que o presidente ainda tem no poder (isso se não for reeleito nas eleições de 2022).
No começo de setembro, com ajuda de Michel Temer, o presidente, inclusive, recuou em relação aos seus ataques aos ministros da Corte. Ele chegou a redigir uma carta à nação.
Diante da "paralisação" de Alcolumbre, líderes evangélicos se mobilizaram para reverter o quadro no Senado. Maior interlocutor de Bolsonaro na Casa, o pastor Silas Malafaia tem feito pressão para agilizar a indicação de Mendonça.
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