Os criminosos usam o aplicativo para aplicar os golpes Divulgação

São Paulo - A facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) implantou um novo golpe na praça e as vítimas são pessoas com alto poder aquisitivo: juízes, promotores e grandes empresários. Por meio do WhatsApp, eles utilizam "centrais de golpe" para enganar e extorquir as vítimas. 
Segundo o portal Metrópoles, que apurou as descobertas feitas pela investigação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), não há clonagem de aplicativos nem de números de telefone. O golpe é feito com o uso de sites que armazenam dados pessoais das pessoas, a exemplo de nomes dos cônjuges, profissão, telefones e endereços.
Tais páginas ficam hospedadas na região de Tonga, na Polinésia, e exigem o pagamento de R$ 250 por uma assinatura mensal que permite ao usuário realizar buscas detalhadas sobre as pessoas. A publicação conta que o pagamento é feito em bitcoin, uma moeda virtual.
A partir daí, a rede organizacional é estruturada de forma que os membros da facção fazem contato com as vítimas, se passando por amigos ou parentes, aplicam o golpe e, quando bem sucedido, usam contas de laranjas, que ganham R$ 400 pelo "aluguel" e perdem a gestão dos serviços bancários, para que o dinheiro das vítimas seja depositado.
De acordo com o portal, o PCC investe 40% do valor roubado para bancar os custos da operação, mas o lucro tem sido alto. Em um dos casos, a vítima depositou R$ 70 mil acreditando estar ajudando um de seus filhos.