A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o deputado federal Loester Trutis (PSL-MS) por comunicação falsa de crime, porte ilegal de arma de fogo e disparo de arma de fogo. Loester é acusado de ter forjado o próprio atentado.
O caso começou a ser investigado quando o deputado bolsonarista afirmou que foi vítima de uma “emboscada” na rodovia BR-060, no estado do Mato Grosso do Sul. O carro em que o deputado estava era dirigido por um assessor e foi atingido por tiros.
O próprio parlamentar se dirigiu à Superintendência da Polícia Federal (PF), onde formalizaram a denúncia de suposta tentativa de homicídio. Mas, de vítima, o parlamentar passou a é investigado. Segundo a PF, o atentado não ocorreu.
O vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, afirmou que a narrativa do deputado é “falsa” e denunciou o parlamentar ao STF. “O que de fato ocorreu foi uma verdadeira simulação de tentativa de homicídio, na qual o parlamentar (A) e seu assessor (B), portando irregularmente arma de fogo de uso permitido, efetuaram disparos em via pública (estrada vicinal adjacente à Rodovia BR, 060) contra o veículo”, afirmou Jacques.
A PGR ainda afirmou que Loester tentou explorar politicamente o susposto atentado, uma vez que fez várias postagens relacionamento o falso atentado com a bandeira do armamento da população, que ele defende.
Em junho deste ano, o deputado disse que o inquérito tem motivação política. "A investigação é cheia de erros grosseiros o que leva a acreditar que também há interesse em proteção do verdadeiro culpado", alegou Trutis.
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