Joice Maria da Glória Rodrigues, de 25 anos, estava desaparecida há oito diasReprodução

'Ela morreu lutando para viver', escreveu Camila Biank, amiga de Joice Maria da Glória, de 25 anos, que teve o corpo concretado em uma parede, após ser abusada e estrangulada por um pedreiro. Depois do homem, de 56 anos, ter confessado o crime ,e o corpo da jovem ter sido localizado, a situação causou uma comoção entre os familiares e amigos, que lamentaram a tragédia. Nas publicações, Joice é apontada como uma mulher alegre, amorosa e religiosa. 
"Quem a conheceu sabe o quanto ela era alegre, onde chegava mudava totalmente o ambiente, amava a família mais que tudo, estava sempre fazendo as pessoas rirem. Ela era forte e sempre correu atrás do que queria, sempre disposta a ajudar. Ela construiu uma família linda ao lado de um homem maravilhoso que a amava muito e que ela amou muito também. Juntos, eles superaram muita coisa e tiveram duas meninas lindas, pelas quais iremos lutar todos os dias, para que sempre estejam seguras e sejam mulheres fortes como ela foi", acrescentou Camila. 
A sogra de Joice, Elissandra da Penha, também expressou seus sentimentos" Você deixará muita saudade, minha única nora, era assim que você gostava se ser chamada. Vamos te amar para sempre, que o Senhor nos conforte". Outros conhecidos da vítima, além de prestar homenagens, relataram sua indignação: "Basta tudo que nós mulheres estamos passando, quanta falta de respeito, quanto assédio, quantas mortes, quantos ataques. Até quando, meu Deus quantas de nós teremos que morrer, quantas mães terão que morrer, quantas filhas?".
"Não estou conseguindo acreditar que você se foi Joice Maria, vai deixar saudades. Descansa em paz minha baixinha, eternamente no meu coração. Que maldade, dói muito", publicou outra amiga.
Em um vídeo publicado por um amiga, enquanto Joice ainda estava desaparecida, ela aparece cantando em uma igreja. Além dos relatos de que a vítima era uma pessoa carinhosa e espirituosa, é possível encontrar diversas demonstrações de amor em sua rede social, desde uma declaração de aniversário para o padrasto, até diversas fotos com o marido Gabriel Penha, com quem Joice era casada desde 2013 e tinha duas filhas.
O caso
A jovem era moradora de São Vicente, no litoral de São Paulo, e estava desaparecida há mais de uma semana. A polícia localizou o corpo foi em uma obra na qual o pedreiro trabalhava, na Rua Senador Lúcio Bittencourt, no bairro Esplanada dos Barreiros. De acordo com a corporação, um outro suspeito também foi detido.

Durante a investigação, a equipe de policiais apurou que a vítima esteve na rua em que fica localizada a obra, onde teria se encontrado com o pedreiro. Questionado sobre o caso, o suspeito informou que esteve com Joice até às 21h15 do dia de seu desaparecimento. A investigação foi conduzida por policiais da 3ª Delegacia de Investigações sobre Homicídios do Deic Santos. A jovem estava desaparecida desde o dia 27 de setembro.

Inicialmente, o pedreiro relatou que manteve relações sexuais com a vítima, utilizando drogas, no entanto, depois disso, ela teria ido embora do local. Ele alegou ainda que a jovem parava no local esporadicamente para falar com ele, mas que não sabia do seu paradeiro.

O proprietário do terreno, após ser questionado pela polícia sobre áreas concretadas ou frescas no local da obra, observou que, no banheiro do piso térreo, embaixo da escada, o vão havia sido fechado com um acabamento mal feito. Ao golpear o local, ele sentiu um forte odor e acionou a polícia civil. A vítima estava nua, com uma camiseta preta enrolada ao pescoço.

Os Policiais se dirigiram à residência do pedreiro e o prenderam em flagrante pelo crime de ocultação de cadáver. Segundo as autoridades, ele confessou ter matado a vítima estrangulada com uma camiseta, depois de ter mantido relações sexuais com ela.

O homem ainda informou a participação de um segundo suspeito, de 35 anos, que também foi preso.