Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga em sessão da CPIJefferson Rudy/Agência Senado
A data do depoimento será marcada pelo presidente da CPI Omar Aziz (PSD-AM). O senador criticou a postura de Marcelo Queiroga ao ser infectado pelo coronavírus durante viagem aos Estados Unidos. Segundo Aziz, o ministro compartilhou em uma rede social o comentário de um internauta que questionava a eficácia das vacinas.
Mais cedo, relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou, ainda, que existem provas suficientes para Queiroga estar na lista com mais de 30 indiciados: "Eu acho que a própria convocação, se for preciso fazer, vamos fazer. Mas já tivemos acesso a tanta coisa do ministro da Saúde, a sua conversão ao negacionismo, as mentiras repetidas nas duas vezes que esteve aqui, a suspensão da vacina a adolescentes sem comorbidades, que foi revertida graças à CPI e à própria sociedade. Ele já produziu todos o motivos, provas e indícios para ser exemplarmente indiciado".
"Estamos perto de 600 mil mortes. Um dos piores percentuais de letalidade no mundo. Uma triste necrópole. Vítimas indefesas da estupidez do governo federal. No que depender deste relator e desta CPI, eles pagarão muito caro por seus crimes", afirmou.
Renan Calheiros disse que a comissão de inquérito “cumpriu seu papel”. Ele destacou que, no início dos trabalhos, apenas 6,6% dos brasileiros tinham a imunização completa. Hoje mais de 45% têm as duas doses da vacina.
"Esta CPI já deu certo. Evitamos a corrupção na aquisição de vacinas, forçamos a aceleração da vacinação, retiramos o governo da abulia mortal e soterramos o negacionismo medieval. Muitos tentaram rebaixar essa CPI. Esse debate nunca foi político. Sempre se deu em torno da defesa de valores civilizatórios, opondo opções elementares entre o bem e o mal", concluiu
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