Brasília - O Ministério das Relações Exteriores (MRE) revogou a nomeação do candidato que, embora tenha sido reprovado na seleção por cotas raciais, conseguiu ser nomeado. Lucas Nogueira Siqueira prestou concurso para o cargo de terceiro-secretário da carreira de diplomata e havia sido eliminado por fraude nas cotas.
Segundo o G1, ele foi nomeado graças a uma decisão judicial, mas o juiz Cristiano Miranda de Santana voltou atrás e agora determina que a nomeação só ocorra quando não houver mais recursos cabíveis. Com isso, o Itamaraty revogou a nomeação em publicação feita na edição de sexta-feira (8) do Diário Oficial da União (DOU).
A publicação lembra que Siqueira foi aprovado no concurso em 2015. Ele obteve nota 45,5, pouco abaixo da nota de corte da concorrência ampla, de 47 pontos, mas conseguiu passar para as etapas seguintes porque se inscreveu como pardo. Porém, uma comissão composta por diplomatas rejeitou a autodeclaração de Siqueira e ele foi eliminado do concurso.
Posteriormente, a defesa dele conseguiu uma liminar que o permitiu frequentar as aulas do curso de formação do Instituto Rio Branco até que, em julho deste ano, veio a decisão judicial que determinou sua nomeação. Na época, o juiz justificou que a banca do concurso não apresentou "nenhum elemento concreto" para justificar a eliminação do candidato.
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