Vice-presidente Hamilton MourãoFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Mourão afirma que repressão ao desmatamento na Amazônia não será suficiente ao longo prazo
No discurso de hoje, vice-presidente voltou a defender uma cooperação do Brasil com os demais países amazônicos
Às vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-26) e após meses de operações militares na Amazônia, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta quinta-feira, 21, que a repressão ao desmatamento ilegal na Floresta é uma medida insuficiente no longo prazo.
"Minha visão é de que as medidas de repressão ao desmatamento ilegal são necessárias e urgentes, mas no longo prazo não serão suficientes", disse Mourão no evento de inauguração das instalações da sede da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). O evento não foi transmitido à imprensa, mas o discurso do vice-presidente foi publicado no site do Palácio do Planalto.
Na avaliação do vice-presidente, os esforços para combater o desmatamento só terão êxito no longo prazo caso haja geração de emprego e renda na região. "Com atividades que respeitem nossa floresta e preservem sua imensa biodiversidade", destacou.
A COP 26 acontece em Glasgow, na Escócia, a partir do próximo dia 31, com a comunidade internacional de olho sobre a política ambiental brasileira, criticada por especialistas. Na última sexta-feira, o vice-presidente confirmou o fim da operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para ajudar no combate ao desmatamento da Amazônia. O decreto que instituiu a operação, publicado em junho, venceu no dia 15.
No discurso de hoje, Mourão voltou a defender uma cooperação do Brasil com os demais países amazônicos, em linha com o anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro na terça-feira, durante a visita oficial do presidente da Colômbia, Iván Duque.
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