"Nossas políticas não permitem alegações de que as vacinas de covid-19 matam ou podem causar danos graves às pessoas", disse o porta-voz do FacebookReprodução

O Facebook tirou do ar na noite deste domingo a gravação da última live semanal do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), transmitida na quinta-feira, 21. No vídeo, Bolsonaro lê uma suposta notícia que alerta para pessoas vacinadas que estão desenvolvendo síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids). A informação, no entanto, é falsa e sem embasamento científico.

“Outra coisa grave aqui: só vou dar notícia, não vou comentar: ‘Relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados […] estão desenvolvendo a síndrome imunodeficiência adquirida muito mais rápido que o previsto’. Recomendo que leiam a matéria. Talvez eu tenha sido o único chefe de Estado do mundo que teve a coragem de colocar a cara a tapa nessa questão”, disse Bolsonaro ao ler o conteúdo. Veja abaixo:
A remoção é uma decisão inédita da plataforma, que nunca havia excluído lives do presidente. Antes, o Facebook só havia deletado um vídeo, em março de 2020, no qual Bolsonaro mencionava o uso de cloroquina para o tratamento da covid-19 e defendia o fim do isolamento social.
Em nota, a plataforma se posicionou acerca da remoção. “Nossas políticas não permitem alegações de que as vacinas de covid-19 matam ou podem causar danos graves às pessoas”, disse o porta-voz do Facebook.

Apesar da alegação do presidente, segundo especialistas, não se conhece nenhuma relação entre a vacina e a Aids. O vídeo foi removido do Facebook e do Instagram.