Ministro da Saúde, Marcelo QueirogaFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Brasil vai doar vacinas excedentes para países pobres, diz Queiroga
Após reunião com a cúpula do G20, ministro da Saúde defendeu ajuda a nações mais necessitadas, e como Bolsonaro, ressaltou importância das 'liberdades individuais' durante o combate à pandemia
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que o Brasil deverá doar vacinas contra a Covid-19 para países pobres. A informação foi dada à CNN Brasil após a última reunião com a Cúpula do G20.
"O Brasil certamente assumirá a sua posição de protagonista de um líder global e participará desta iniciativa para reforçar o acesso às vacinas no mundo", afirmou.
O ministro afirmou que a campanha de imunização em 2022 já está planejada, e que pessoas acima de 12 anos serão contempladas com a vacina. O excedente será destinado a ampliação do acesso às doses.
"A ampliação do acesso às vacinas aos países mais pobres é um dos objetivos do G20 para que até meados de 2022 70% da população mundial esteja vacinada com a primeira dose".
"Os líderes se comprometeram com o fortalecimento dos sistemas de saúde de uma maneira geral, não só para por fim a esta pandemia, mas para enfrentar outras emergências sanitárias como essa", complementou o ministro.
Apesar do discurso pró-ciência e vacinação, Queiroga ressaltou a importância de "preservar as liberdades individuais" durante o enfrentamento à pandemia. A bandeira é defendida por Bolsonaro, sobretudo ao rejeitar a obrigatoriedade da vacinação.
"O presidente Bolsonaro, desde o início, defendeu o enfrentamento ao problema sanitário, a questão da economia é fundamental — o binômio saúde e economia não pode ser dissociado –, e a defesa intransigente das liberdades. Nós precisamos ter um ambiente de mais tranquilidade para poder avançar."
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