Fachada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)Foto: Sergio Lima
O secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, reforçou que, para promover um controle adequado da pandemia, é necessário "vacinar toda a população, incluindo esse público (de 5 a 11 anos)". "Só assim nós estaremos progredindo de uma forma muito mais segura no controle da circulação do vírus e também impossibilitando o surgimento de novas variantes", explicou Gorinchteyn.
Nesta segunda-feira, 1º, São Paulo encerrou as últimas restrições de público e eventos impostas pela pandemia do coronavírus, depois de quase 600 dias. Desde então, todos os estabelecimentos do Estado podem funcionar sem limites de lotação ou horário de funcionamento e festas com pista de dança, torcidas em estádios, shows com público em pé também estão autorizados. O uso de máscara facial, porém, segue obrigatório, assim como a exigência do "passaporte vacinal" em eventos com mais de 500 pessoas.
Coronavac em crianças
O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, voltou a defender nesta quarta a aplicação da vacina Coronovac em menores de 18 anos, apontando que ela "é a vacina mais segura para uso em crianças e adolescentes na faixa de 3 a 17 anos". Segundo ele, foi solicitada uma nova reunião à Anvisa "para a revisão de dados que já chegaram, inclusive nesta semana".
"Esperamos que haja um entendimento da Anvisa de que essa é uma vacina (Coronavac) que já tem o seu perfil de segurança demonstrado, principalmente para essa população (crianças e adolescentes). Que (a Anvisa) possa também autorizar o seu uso", disse Covas.
"É a vacina que foi mais aplicada nessa população no mundo. Hoje já há aproximadamente 70 milhões de crianças e adolescentes vacinadas com essa vacina", reforçou o presidente do Butantan, que citou como exemplo o uso da Coronavac em menores de idade no Chile.
Em agosto, a Anvisa negou autorização para aplicação da Coronavac em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos. A decisão considerou que o perfil de segurança da vacina nessa população não foi suficientemente demonstrado pelo Instituto Butantan nos dados enviados à Anvisa.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.