Jair Bolsonaro (sem partido)AFP

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, durante um discurso na cidade de Ponta Grossa (PR), que passou a acreditar no voto eletrônico. Segundo o chefe do executivo, a participação das Forças Armadas como observadores do processo eleitoral foi o principal motivo para que ele repensasse sobre o processo de votação eletrônico, responsável por elegê-lo em 2018.
A mudança de discurso acontece dois meses após os atos inconstitucionais do dia 7 de setembro, quando Bolsonaro mobilizou seus apoiadores contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) colocando em dúvida a legitimidade das urnas eletrônicas e argumentando a favor do voto impresso.
O presidente também afirmou que o tema do voto impresso é um 'capitulo encerrado'.
Bolsonaro também se referiu a uma das mudanças no sistema eleitoral, promovidas pelo presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, que foi a criação de uma comissão externa de transparência para acompanhar o funcionamento das eleições.
"Tenho tranquilidade, porque o voto eletrônico vai ser confiável ano que vem. Por quê? Porque tem portaria do presidente do TSE, o Barroso, convidando entidades para participar das eleições, entre elas as nossas, as suas Forças Armadas [...] Até há pouco tempo não era assim que era feito. Então, dava margem a suspeições, a críticas", disse o presidente.
Bolsonaro também afirmou que preferiria o voto impresso, mas que se contenta com o modelo atual.
"Nós das Forças Armadas, com suas equipes de inteligência, participaremos de todo o processo eleitoral, lá do código fonte (urna eletrônica) até a sala secreta [...] Então, teremos um voto confiável no ano que vem", concluiu o presidente.