Fotos mostram cabos enrolados em hélice de avião que levava Marília Mendonça e caiu na última sexta-feira, 5Divulgação/Fervel Auto Socorro
Destroços do avião que caiu com Marília Mendonça são levados para o Rio de Janeiro
Já os dois motores da aeronave serão levados para Sorocaba, no interior de São Paulo, onde serão analisados por especialista nesses equipamentos
Os destroços do avião que caiu na zona rural de Caratinga, em Minas Gerais, e provocou a morte da cantora Marília Mendonça e mais quatro pessoas foram encaminhados para o Rio de Janeiro na tarde desta terça-feira (9).
Já os dois motores da aeronave serão levados para Sorocaba, no interior de São Paulo, onde serão analisados por especialista nesses equipamentos. No caso dessas peças, o transporte está previsto para ocorrer nesta quarta-feira (10).
Nesta segunda-feira, as equipes trabalharam para recolher todas as partes do avião, incluindo os dois motores. Os funcionários conseguiram finalizar o trabalho ao longo do dia. O resgate contou com equipes do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e de uma empresa de guincho particular.
No caso dos motores, a equipe da empresa particular, contratada pela PEC Táxi Aéreo, dona da aeronave que caiu, enfrentou dificuldade para o recolhimento, já que as peças estavam em locais de difícil acesso.
Na noite desta segunda-feira, a Polícia Civil de Caratinga informou que um dos motores foi encontrado um cabo enrolado em uma das hélices do avião. Entretanto, não há como afirmar se é um cabo que se rompeu na torre de transmissão de energia da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).
O trabalho de retirada da aeronave já havia começado no sábado, (6). No dia, o avião já havia sido retirado da correnteza da cachoeira, onde havia caído, e deixada ao lado. Durante a operação, as equipes contaram com o apoio de um guindaste para içar o avião até um terreno mais alto. As asas do avião bimotor também foram cortadas para facilitar o deslocamento.
Chegada no Rio
As peças serão levadas de caminhão para o Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, onde terá outra etapa da perícia. De acordo com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), os investigadores do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa III), órgão regional do Cenipa no Rio de Janeiro, vão continuar os trabalhos de Ação Inicial do acidente, para continuação das investigações.
O processo de investigação do Cenipa será dividido em três etapas:
- A primeira etapa será a de coleta de dados, onde todas as informações do acidente serão reunidas.
- A segunda será a de análise de dados, onde serão investigados os sistemas da aeronave e se fatores humanos e operacionais (como a rota da viagem e as condições climáticas) tiveram influência no acidente. Nesse etapa, pilotos, mecânicos, médicos legistas e psicólogos podem ser entrevistados pelo órgão para auxiliar no embasamento de informações.
- Por fim, após a conclusão do relatório final, terá a última etapa da investigação, que será a de apresentação dos resultados.
O Cenipa informou que as investigações do acidente podem levar podem levar de seis meses a um ano e que elas tem como objetivo prevenir outros acidentes semelhantes. A entidade também vai investigar os fatores determinantes para o acidente e destaca que a conclusão “terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os fatores contribuintes”.
O órgão confirmou, no sábado, 6, que a aeronave não tinha caixa-preta, mas foi encontrado um spot geolocalizador, que será confrontado com o plano de voo e poderá ajudar a entender as causas do acidente.
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