Julgamento dos acusados acontece começa no dia 1º de dezembro Leandro LV/ Wikimedia Commons

Porto Alegre - Carina Adriane Corrêa, de 43 anos, falou sobre as dores de perder sua filha, aos 18 anos, morta no incêndia na boate Kiss, em Santa Maria. Em entrevista o GZH, a mãe contou como têm sido os dias após a perda.
"A família inteira adoeceu. Não existe um dia que não seja doído. Durmo à base de remédios, tomo todo tipo de medicamento, mas a dor não passa. Levantar e saber que a Thanise não está é horrível", disse em entrevista.
Ela firma que noite sim, noite não, sofre com pesadelos. Leva sustos e acorda durante a noite quando ouve sons de sirenes como de ambulâncias.
No último contato com a filha, Carina lembra de ter falado com ela já dentro da boate Kiss à 1h30 da madrugada. De plantão no hospital que trabalhava percebeu a maior movimentação das ambulâncias e só depois soube da morte da filha.
"Quero que entendam a irresponsabilidade que cometeram. O despreparo daquele lugar. O tamanho da dor que causaram a mais de 200 famílias. Aqueles jovens não voltarão. Minha filha morreu inocentemente", concluiu.