Falta de saneamento provocou 0,9% das mortes no país em uma década Agência Brasil

Brasília - O saneamento básico precário causou a morte de pelo menos 135 mil pessoas entre 2008 e 2019 no país — uma média de 11,2 mil ao ano. A informação está presente no Atlas do Saneamento, divulgado nesta quarta-feira Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostrou que as Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado (DRSAI) foram responsáveis por 0,9% de todos os óbitos do país no período.

De acordo com a pesquisa, a Doença de Chagas, as diarreias e a disenteria foram as principais causas de morte pelas DRSAIs, com 81,5% dos óbitos constatados no período. Entre 2008 e 2019, segundo o Ministério da Saúde, morreram no país 14 milhões de pessoas.
As DRSAIs influenciaram em 21,7% do total de óbitos no período, quando especificadas apenas as doenças infecciosas e parasitárias. Os maiores percentuais, diz o estudo, foram verificados nas regiões Centro-Oeste (42,9%) e Nordeste (27,1%).

Mortes relacionadas à falta de saneamento:
2008 - 12.290 (1,1% dos óbitos no país)
2009 - 11.197 (1%)
2010 - 11.739 (1%)
2011 - 10.779 (0,9%)
2012 - 10.505 (0,9%) 2013 - 11.394 (0,9%)
2014 - 10.508 (0,9%)
2015 - 11.141 (0,9%)
2016 - 11.756 (0,9%)
2017 - 11.352 (0,9%)
2018 - 10.926 (0,8%)
2019 - 11.394 (0,8%)

Entre 2008 e 2019, foram contabilizados 11,9 milhões de casos de DRSAI no Brasil, com 4,9 milhões de internações no SUS (Sistema Único de Saúde).

Das mortes relacionadas à falta de saneamento no país entre 2008 e 2019, 84 mil óbitos foram de idosos com 60 anos ou mais.