Bolsonaro desconversa sobre se candidatar para presidente no ano que vemReprodução

Brasília - Com data marcada para a sua filiação no Partido Liberal (PL) no próximo dia 30, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desconversou nesta quarta-feira, 24, sobre qual cargo irá se candidatar no próximo ano e, se irá, mais uma vez, concorrer à reeleição a presidente da República. Para apoiadores no cercadinho em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse que está "louco para entregar isso aqui (a presidência) para alguém". 
"Estou louco para entregar isso aqui (a presidência) para alguém. Aqui é bom para visitar, para morar não é bom, não", respondeu, referindo-se ao Palácio do Alvorada, residência oficial dos presidentes da República.
Essa não é a primeira vez que Bolsonaro faz uma declaração sobre se irá disputar a presidência da República. Em julho, ele disse algumas vezes não saber se seria candidato à reeleição.

As declarações foram feitas no contexto sobre a confiabilidade das eleições. Ao longo deste ano, o presidente insistiu diversas vezes sobre fraudes no sistema eletrônico brasileiro. Ele afirmava que as eleições deveriam ser através de cédulas de papel. 
PEC
Bolsonaro também afirmou nesta quarta-feira que a ideia do governo é manter o pagamento de precatórios dentro do teto de gastos. O chefe do Executivo ainda disse esperar a aprovação do texto pelo Senado sem alterações.

"Ninguém está propondo isso, ninguém vai propor isso. Os precatórios continuam no teto. Nós só estamos buscando parcelar quem tem para receber mais de 600 mil reais", declarou Bolsonaro "Estão sendo discutidas outras alterações na PEC no Senado. Eu espero que não altere nada para não ter que voltar para Câmara", acrescentou o presidente.

O chefe do Executivo lembrou que, com a aprovação da PEC, sobra espaço fiscal para "fazer outras coisas também", sem detalhar os programas que seriam contemplados com uma possível folga no orçamento.

Bolsonaro ainda voltou a dizer que o parcelamento de precatórios não fere a responsabilidade fiscal e a pedir a governadores que zerem o imposto cobrado sobre o gás.