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'Apontou a arma para mim e falou que ia me matar', conta fazendeira que convenceu Wanderson a se entregar

Caseiro acusado de assassinar três pessoas no último domingo, inclusive a esposa grávida, foi preso neste sábado depois de ser persuadido pela mulher

Acusado de matar três pessoas na última semana, Wanderson Protácio se entregou no sexto dia de buscasReprodução/TV Globo

Goiás - "Eu estava dormindo e meu marido havia saído para pegar leite. Ele bateu na janela, apontou a arma para mim, falou que era um assalto e que ia me matar. Eu pedi calma, falei pra ele ficar tranquilo que eu iria ajudá-lo", relatou Cinda Mara, mulher que convenceu Wanderson Mota Protácio, de 21 anos, a se entregar a polícia na manhã deste sábado, 4, em Gamaleira de Goiás.
O homem suspeito de matar a própria esposa, que estava grávida, a enteada e um fazendeiro no último domingo, 28, foi preso depois de ter sido convencido a se render. A fazendeira relatou que conseguiu acalmar Wanderson, que chegou a tomar café e vestir uma camiseta antes de ser levado ao posto da Polícia Militar no carro do fazendeiro. 
"Ele pediu bolacha, estava tremendo demais porque estava com muito frio. A gente deu uma blusa para ele vestir, aí ele vestiu a blusa. Sentei na frente dele e pedi para me olhar nos olhos. Ele estava com revólver, estava carregado, cheio de bala", afirmou Cinda em entrevista à TV Anhanguera.
Na Delegacia Regional em Anápolis, a 55 km de Goiás, onde a mulher também foi ouvida, Wanderson confessou ter cometido a série de crimes. "Ele está tranquilo, está falando, não está negando nada. Mesma frieza. Está querendo justificar o injustificável", relatou o secretário de Segurança Pública de Goiás (SSP), Rodney Miranda. Já em relação as comparações com o caso do criminoso Lázaro Barbosa, o secretário acrescentou que "os dois são criminosos perigosos, mas o histórico do Lázaro de continuar cometendo crimes e não se entregar fez com que adotássemos medidas mais incisivas".  
O caso
Wanderson Mota estava sendo procurado desde o último domingo, 28, quando matou a que estava grávida de quatro meses, a enteada de 2 anos e 9 meses e um fazendeiro, que seria seu patrão. As vítimas são Raniere Aranha Figueiró, de 19 anos, e a criança Geysa Aranha da Silva Rocha. Ambas foram mortas a facadas. O proprietário Roberto Clemente de Matos foi morto com um tiro na cabeça. Sua esposa, que não foi identificada, foi baleada no ombro e conseguiu escapar da tentativa de abuso sexual ao se fingir de morta.
De acordo com o Boletim de Ocorrência, o suspeito teria, ainda, tomado refrigerante com o fazendeiro antes de acertá-lo com um tiro na cabeça."A [mulher de Roberto Clemente] tentou correr e o Wanderson disse que a mataria, mesmo assim ela correu. Ele a derrubou, bateu em seu rosto e tentou estuprá-la. Não conseguindo, atirou também contra ela, acertando seu ombro. Caída no chão, se fingiu de morta. Então ele pegou a caminhonete da vítima e fugiu. A mulher conseguiu se deslocar até a propriedade vizinha para pedir ajuda", diz trecho do documento.
As informações são de que Wanderson teria discutido com sua esposa e, após matar mãe e filha, teria ido até a casa do patrão e roubado um revólver com seis munições. Na ocasião, ele atirou no fazendeiro e tentou violentar sua companheira. A produtora rural Simone de Jesus, que socorreu a mulher, contou que ela estava "muito machucada".
 
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