LulaReprodução Redes Sociais

São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, admitiu em discurso no encerramento do 9º Congresso da Força Sindical, no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, nesta terça-feira, 8, a sua intenção de disputar a Presidência da República em 2022. Anteriormente, Lula estava evitando afirmar sua candidatura e, durante o evento, o petista disse que “está se dispondo a voltar a ser candidato”.
De acordo com informações do Globo, durante seu discurso de 55 minutos no palco do sindicato, Lula focou na pauta trabalhista, defendeu carteira assinada para entregadores de aplicativo, criticou a gestão de Jair Bolsonaro (PL) na pandemia e a condução econômica sob Paulo Guedes.
"Eu estou me dispondo, depois de boas conversas com vocês (sindicalistas), a voltar a ser candidato. Porque só tem uma razão para eu voltar: que é fazer mais do que eu fiz nos meus dois mandatos", declarou Lula.
O ex-presidente ainda comentou sobre a posição de Bolsonaro sobre o passaporte da vacina e citou que, durante sua viagem à Europa, no mês passado, os países exigiram teste de detecção do coronavírus e apresentação do cartão de vacina. Na última terça-feira, o presidente criticou a recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de exigir a apresentação de um comprovante de imunização para quem quiser entrar no país.
"Se ele (Bolsonaro) não gosta dele, dos filhos dele, se eles não se respeitam, ele precisa criar responsabilidade e permitir que as pessoas sejam obrigadas a apresentar o cartão de vacinação para proteger a sociedade brasileira. (...) Afinal de contas, surgiu um vírus novo, que a gente não sabe a magnitude desse vírus", disse. 
"O Bolsonaro não era obrigado a entender de Covid, como nenhum de vocês aqui era. Mas quando a gente governa com responsabilidade é obrigado a se cercar de pessoas que sabem. Não era necessário ter acontecido mais de 600 mil mortes nesse país se ele tivesse criado um comitê de crise, ouvido os cientistas. Nós temos um presidente que faz festa de motocicleta quase todo santo dia, mas não teve coragem de visitar um hospital ou um funcionário do SUS que ajudou a salvar esse país", concluiu o ex-presidente.