PoderData: para 37%, qualidade de vida piorou durante governo Bolsonaro
Às vésperas de completar três anos, governo federal passa por uma crise de popularidade. Quando tinha um ano e meio, 37% relatavam melhora e 22%, piora
Brasília - Nesses quase três anos do governo de Jair Bolsonaro (PL), 37% dos brasileiros consideram uma piora na qualidade de vida. É o que diz a pesquisa PoderData, realizada de 6 a 8 de dezembro de 2021. Em contrapartida, outros 22% dizem que a sua vida melhorou no período; enquanto 37% não perceberam mudanças positivas ou negativas.
As taxas variaram dentro da margem de erro de 1,8 ponto percentual da pesquisa em relação a janeiro de 2021, quando a pergunta foi feita pela última vez. Em relação a setembro de 2020, quando o governo completava pouco mais de 1 ano e meio, a taxa dos que dizem ter piorado de vida era de 28%, ou seja, aumentou 9 pontos. Por outro lado, o percentual de brasileiros que alegaram uma melhora de vida era de 37% - de lá para cá, caiu 15 pontos.
Passando por um notório momento de crise na sua relação com os brasileiros, a realidade não era a mesma para Jair Bolsonaro no ano passado. Em setembro, mesmo durante a pandemia, as taxas eram mais favoráveis ao presidente, que passava por um ciclo de alta popularidade. Vale lembrar que, na época, mais de 60 milhões de indivíduos recebiam as parcelas do auxílio emergencial de R$600.
Comparativamente, em novembro de 2021, o governo fez pagamentos de, em média, R$ 224 para 14,5 milhões de famílias pelo programa Auxílio Brasil. Na terça-feira (7), o presidente editou uma Medida Provisória para possibilitar que os pagamentos cheguem a R$ 400.
Também há um ano e meio, a taxa de avaliação do trabalho do presidente da República como “bom” ou “ótimo” circulava em torno dos 50% – hoje se encontra em 22%.
O cenário econômico atual é um dos fatores chave que corroboram para a percepção negativa sobre a vida sob o governo Bolsonaro. Dentre alguns problemas, ressalta-se a redução do poder de compra dos brasileiros, o aumento da inflação e a disparada de preços de alimentos, combustíveis e gás de cozinha.
Metodologia e estratificações da pesquisa
De acordo com o Poder360, a pesquisa foi realizada por meio de ligações para telefones celulares e fixos de 6 a 8 de dezembro de 2021. Foram 3.000 entrevistas em 489 municípios nas 27 unidades da Federação de 6 a 8 de dezembro de 2021.
Para chegar a 3.000 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData fez milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população. A margem de erro é de 1,8 pontos percentuais.
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