Ana Cláudia e a família; no colo está Liz, de apenas dois mesesReprodução/redes sociais
Liz e Miguel, de quatro meses, também vacinado com a dose da Pfizer, foram internados no Gpaci, onde Ana Cláudia revela ter sido muito bem atendida. "Um hospital maravilhoso, todo tempo, preocupados. Pediram todos os exames".
Ela diz que o hospital deu "toda a assistência necessária", mas questiona o papel da secretaria de saúde e da prefeitura. Após o primeiro contato, nem o secretário, nem o prefeito - que foi acionado pela família por telefone - foram até o hospital.
"Não vieram ver como estava a situação das crianças. Por mais que estivessem em contato com o hospital, acho que o mínimo, em uma situação como essas, é ligar para a família. Não é só colocar a gente no hospital, isso é o mínimo. A culpa não foi nossa", afirma.
Para preservar as crianças, todas as informações mais detalhadas sobre o estado de saúde de Liz e Miguel eram repassadas à imprensa apenas pelas mães. Em uma das entrevistas, Ana Cláudia revelou que Liz tinha tido convulsões.
"Eu pensava que iam matar minha família, achei que ela ia morrer. Pensei que ela não ia conseguir viver. Eu já tinha levado ela no pronto atendimento, ela passou muito mal antes [de saber que se tratava de uma vacina contra covid-19]. E me disseram ser normal, reação da pentavalente".
Miguel recebeu alta na última sexta-feira (10), e Liz, no sábado (11). No domingo (12), a família teve que voltar ao hospital porque a criança teve febre alta. A expectativa é de que ela tenha alta amanhã, e possa investigar esses sintomas com outros especialistas - os médicos do Gpaci a encaminharam para o neurologista, cardiologista e hematologista.
A prefeitura de Sorocaba afastou a técnica de enfermagem que administrou de forma equivocada a vacina. A técnica alegou que confundiu os frascos. Enquanto o caso é investigado, a profissional será encarregada de trabalhos administrativos. Um processo deve ser instaurado para apurar quais medidas devem ser tomadas.
Atualmente, no Brasil, a vacina da Pfizer, aplicada nos bebês, só pode ser aplicada em adolescentes a partir de 11 anos. Nos Estados Unidos, crianças a partir de 5 anos podem receber o imunizante, em dose menor que a aplicada em adultos. Ainda não há vacina contra covid-19 para bebês na faixa etária dos que receberam a dose por engano.
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