Brasília - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu recursar, nesta terça-feira (14), a ação da Procuradoria-Geral da República (PGR) que contestava o inquérito sobre a live em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) associou a vacina contra a Covid-19 à Aids, informação sem comprovação científica.
Ainda segundo o ministro, a PGR tem 24 horas para encaminhar a ele e à Polícia Federal a íntegra de todas as informações que tiver sobre o assunto. Caso o prazo não seja cumprido haverá uma pena por “desobediência a ordem judicial e obstrução de Justiça”.
No pedido, enviado ao STF na última segunda-feira (13), o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu que o STF revertesse a abertura do inquérito contra o presidente e que Moraes não fosse o relator. Aras também argumentou que não atuou com "inércia" na investigação contra Bolsonaro. O inquérito em discussão foi aberto a pedido dos parlamentares que integraram a CPI da Covid, que apurou a responsabilidade do governo federal na condução da pandemia.
No dia 22 de outubro, Bolsonaro divulgou em uma live nas redes sociais que as vacinas contra a Covid-19 teriam um "risco ampliado" de desenvolver Aids nas pessoas que tomaram os imunizantes. A informação não tem comprovação científica e por conta da falta de veracidade do comentário, o presidente teve a transmissão retirada do ar pelo Facebook, YouTube e Instagram.
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