Empresas suspendem cruzeiros na costa brasileira após surto de CovidTomaz Silva/Agência Brasil

São Paulo - A Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (CLIA Brasil) informou nesta segunda-feira (3), que as companhias a ela coligadas suspenderam voluntariamente os embarques nos portos do Brasil até 21 de janeiro. Os cruzeiros atuais vão finalizar os seus itinerários conforme planejado. Segundo a entidade, a paralisação se deve "por incertezas na interpretação e aplicação dos protocolos operacionais previamente aprovados" com relação à covid-19.

Durante a pausa, as companhias que operam no País (MSC Cruzeiros e Costa Cruzeiros) vão buscar um alinhamento de regras sanitárias com as autoridades do governo federal, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Estados e municípios

"Nas últimas semanas, as duas companhias de cruzeiros afetadas experimentaram uma série de situações que impactaram diretamente as operações nos navios, tornando a continuidade dos cruzeiros neste momento impraticável", diz a nota da CLIA Brasil.

Mais cedo, a Casa Civil informou que as áreas técnicas de diferentes pastas estão analisando, desde o início do dia, a recomendação da Anvisa para suspender a temporada de cruzeiros. Após surtos de covid-19 em passageiros e tripulantes no fim do ano, a agência contraindicou o embarque em navios e impediu o ingresso em um cruzeiro atracado no Porto de Santos. 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou neste domingo, 2, sobre a situação de navios de cruzeiro. O Brasil tem atualmente cinco navios de cruzeiro operando em águas brasileiras. 

MSC Splendida

A Anvisa notificou à empresa no sábado, 1º de janeiro, às 18h37, sobre o impedimento de embarques previstos para o domingo. A Agência solicitou ainda que a empresa MSC notificasse os viajantes sobre a impossibilidade de embarque no MSC Splendida no dia 2 de janeiro.

A operação da embarcação foi interrompida ainda no sábado, 1º, no Porto de Santos (SP), para investigação epidemiológica. Neste domingo, 2, a Anvisa notificou novamente a empresa sobre a paralisação da operação e a vedação de embarque de passageiros.

Não há passageiros a bordo. 
O navio tem capacidade para 3.051 passageiros, em atendimento ao protocolo vigente.

A embarcação está em Santos.

O cenário epidemiológico foi alterado para nível 4 neste domingo, 2, o que implica quarentena para a embarcação.

Costa Diadema

A operação da embarcação foi interrompida na última quinta-feira, dia 30 de dezembro. A Anvisa determinou que o navio seguisse para seu destino final, Santos (SP), e que fizesse o desembarque de todos os passageiros seguindo o protocolo previsto.

Somente passageiros com teste positivo ou residentes locais puderam desembarcar no Porto de Salvador (BA), onde estava a embarcação.

O navio está a caminho de Santos e somente atividades essenciais estão autorizadas.

Todos os passageiros serão desembarcados em Santos.

A embarcação tem capacidade para 2.368 passageiros, em atendimento ao protocolo vigente.

O navio está no nível 4 do cenário epidemiológico, o que impede a sua operação.

MSC Preziosa

O navio atracou na manhã deste domingo, 2, no Porto do Rio de Janeiro. O desembarque dos passageiros foi iniciado após avaliação da situação epidemiológica a bordo pelas autoridades de saúde.

A embarcação tem capacidade para 3.016 passageiros, em atendimento ao protocolo vigente.

O navio está no nível 3 do cenário epidemiológico. De acordo com essa avaliação, os novos embarques neste domingo, 2, foram autorizados.

A mudança do cenário epidemiológico pode impedir novos embarques e levar ao encerramento do cruzeiro.

Costa Fascinosa

O navio está operando.

Tem capacidade para 1.083 passageiros, em atendimento ao protocolo vigente.

A embarcação está no nível 3 do cenário epidemiológico.

A mudança do cenário epidemiológico pode impedir novos embarques e levar ao encerramento do cruzeiro.

MSC Seaside

A embarcação está no nível 3 do cenário epidemiológico.

Tem capacidade para 3.622 passageiros, em atendimento ao protocolo vigente.

A mudança do cenário epidemiológico pode impedir novos embarques e levar ao encerramento do cruzeiro.