Fiocruz submete novo teste de Covid-19 à Anvisa Erasmo Salomão/Ministério da Saúde

Brasília - Com o sinal verde dado nesta sexta-feira pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) iniciará a produção de uma vacina 100% nacional para combater a pandemia de covid-19. Com a aprovação do registro do insumo farmacêutico ativo (IFA) fabricado pelo próprio instituto de pesquisa, todas as etapas de produção serão realizadas no Brasil.
"É uma grande conquista para a sociedade brasileira ter uma vacina 100% nacional para a Covid-19 produzida em Bio-Manguinhos/Fiocruz. A pandemia de Covid-19 deixou claro o problema da dependência dos insumos farmacêuticos ativos para a produção de vacinas", disse a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.
Antes de bater o martelo, a Anvisa levou em consideração a avaliação dos estudos de comparabilidade. O resultados dos testes revelaram que o insumo fabricado no país manteve o desempenho das vacinas importadas.
"Com essa aprovação hoje pela Anvisa, conquistamos uma vacina 100% produzida no país e, dessa forma, garantimos a autossuficiência do nosso Sistema Único de Saúde para essa vacina, que vem salvando vidas e contribuindo para a superação dessa difícil fase histórica do Brasil e do mundo", concluiu Nísia.
A decisão conclui a transferência de tecnologia desenvolvida pela Fiocruz e que teve início ainda no ano passado. Em maio, a Certificação de Boas Práticas de Fabricação do novo insumo já havia sido concedida. Desde então, a Fiocruz tem realizado a produção de lotes testes para à espera da autorização de uso do IFA nacional na vacina Covid-19.

Vale destacar que a vacina da AstraZeneca/Fiocruz está autorizada no Brasil desde 17 de janeiro de 2021 e recebeu o registro definitivo em 12 de março de 2021. Diretor do Instituto, Mauricio Zuma, destacou a importância do trabalho desenvolvido nos últimos meses.
"O deferimento do registro da vacina Covid-19 100% nacional, com o IFA produzido em Bio-Manguinhos, demonstra a nossa capacitação no estabelecimento de um processo produtivo de alta complexidade. Mais do que isso, representa o cumprimento do nosso papel como laboratório oficial do Ministério da Saúde, incorporando tecnologias essenciais para o Brasil e trazendo soluções para a saúde pública", avaliou Zuma.