Marcelo Queiroga Divulgação/Senado Federal

Rio - O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta sexta-feira, 7, que o Ministério da Saúde avalia reduzir para cinco dias o isolamento de infectados assintomáticos por Covid-19. Entretanto, especialistas criticam essa proposta de mudança no período e que, para ocorrer essa redução, os pacientes teriam que se comprometer em cumprir todas as orientações médicas.
Chrystina Barros, pesquisadora em saúde e membro do comitê de combate ao coronavírus da UFRJ, afirmou só é possível reduzir o tempo de isolamento do paciente que cumprir com as obrigações de uso de máscara durante todo o tempo.
"Para reduzir o tempo de isolamento de sete para cinco dias, o paciente precisa se comprometer em fazer o uso da máscara durante todo o tempo. É importante lembrar que essas orientações só são válidas para pessoas assintomáticas", afirmou a pesquisadora.
Mais cedo, Queiroga afirmou que a medida já está sendo adotada em outros países e possui evidências científicas.
No entanto, para a especialista, no exterior os cuidados com o vírus são tratados com mais atenção. "A questão de comparação com o exterior é perigosa, pois os especialistas estrangeiros estão lidando com a covid-19 e as variantes com muito mais seriedade. Muitos profissionais de fora do país estão trabalhando, apesar de contaminados, mas com uso da máscara N95 durante todo o tempo", informou a profissional.
Está em vigor no estado do Rio o decreto que permite que as pessoas assintomáticas fiquem em isolamento por até sete dias. A profissional da saúde explica que dentro do que até agora se sabe, o período de sete dias é considerado seguro, se não houver sintomas.
"Mas é fundamental destacar que o uso de máscara precisa ser ostensivo, quer tenha sintoma ou não tenha sintoma, pela constante disseminação do vírus e pela rapidez em que a Ômicron tem impactado em sua transmissibilidade", concluiu Barros.
*Estagiária sob supervisão de Marina Cardoso