Marcelo Queiroga Divulgação/Senado Federal

Brasília - O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira, 10, que a variante ômicron do coronavírus provoca incerteza, mas espera que não haja um aumento no número de internações e mortes pela covid-19, mesmo com a alta de casos nos primeiros dias deste ano. 
"Nós temos um cenário pandêmico de uma certa incerteza em face da variante ômicron, com o aumento de casos, mas nós temos a esperança que não haja uma explosão das internações hospitalares e também um aumento proporcional de óbitos, porque a nossa população está fortemente vacinada", disse ele. 
De acordo com o ministro, o Brasil apresenta um "desempenho semelhante a alguns países da Europa". Aqui e no continente europeu, de acordo com o ministro, "houve um incremento de casos, mas não tem havido uma subida de óbitos".
Queiroga também garantiu que o Ministério da Saúde tem a quantidade de insumos necessários para atender estados e municípios tanto na questão de vacinação, quanto de itens como oxigênio e o kit intubação. "Gostaria de tranquilizar os brasileiros que o Ministério da Saúde tem provisões", disse o ministro.
De acordo com ele, existem estoques reguladores do kits para um período de três meses. Ele também afirmou que o governo federal enviará testes rápidos de covid-19 para que os municípios amplie a detecção de novos casos.
O ministro também reforçou a importância da vacinação ao reconhecer que ela é responsável pela menor pressão no sistema de saúde mesmo com o recrudescimento da pandemia. "Temos a esperança que não haja uma explosão de internações hospitalares e também um aumento proporcional de óbitos por que a nossa população está fortemente vacinada", disse.
Contudo, ele afirmou que o Brasil tem a capacidade de duplicar a quantidade de leitos de terapia intensiva (UTIs). “Antes da pandemia, tínhamos 23 mil leitos. Depois, no auge da crise, subiram para 43 mil. No pior cenário, temos a capacidade de duplicar os leitos”, destacou. Ainda segundo Queiroga, houve uma queda de 90% no número de óbitos pela doença.
Redução da quarentena
Queiroga também afirmou nesta segunda que uma decisão referente a diminuição do período de quarentena, de dez para cinco dias, de pessoas que contaminadas com covid-19, mas assintomáticas, deve ser tomada hoje. Na chegada ao Ministério, Queiroga declarou que a Secretaria de Saúde deve se reunir com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), para "bater a posição final".

A medida permitiria, por exemplo, o trabalho de médicos e outros profissionais de saúde mesmo assintomáticos.
*Com informações do Estadão Conteúdo