O ministro da Saúde, Marcelo QueirogaMarcos Porto/Agência O Dia

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira, 10, que a farmacêutica Pfizer antecipou a entrega de 600 mil doses de vacinas infantis contra a covid-19, que compreende a faixa etária entre 5 e 11 anos. 
“Conseguimos antecipar com a Pfizer mais 600 mil doses da vacina pediátrica agora no mês de janeiro. Então serão 4,3 milhões de doses de vacina”, disse Queiroga aos jornalistas. Assim, a previsão de entrega para este mês passou de 3,7 milhões para 4,3 milhões. A Saúde informou que foram encomendadas mais de 20 milhões de vacinas pediátricas da Pfizer para essa etapa da imunização. Em fevereiro, serão entregues mais de 7,2 milhões e, em março, 8,4 milhões. 
As doses serão entregues às unidades federativas de forma proporcional à população de crianças em cada estado e no Distrito Federal. Os imunizantes serão distribuídos de forma proporcional para as unidades da Federação.
Segundo o ministro da Saúde, o trâmite para aquisição e distribuição de vacinas no país é satisfatório, se comparado a outros países. “Quero tranquilizar todos os brasileiros: estamos conduzindo a questão da vacinação de uma forma muito apropriada”, completou o ministro.
“A indústria farmacêutica só pode deflagrar produção de doses após o aval da agência regulatória [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]. Então doses não aprovadas pela agência regulatória não podem adentrar no país, sob pena de caracterizar até mesmo crime sanitário”, continuou o ministro.
A previsão da pasta é de que a campanha de vacinação para essa faixa etária comece na segunda quinzena deste mês.
A tampa do frasco da vacina pediátrica será na cor laranja, pois assim irá facilitar a identificação pelas equipes de saúde e também pelos pais, mães e responsáveis das crianças. 
Em 16 de dezembro, a Anvisa aprovou a liberação da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. No entanto, a inclusão de crianças no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO) só foi anunciada na semana passada pela Saúde, após muito resistência do ministro Queiroga, que chegou a convocar uma consulta pública para avaliar a receptividade da população à sugestão do Ministério de exigência de prescrição médica para vacinar os mais jovens. A maioria dos participantes rejeitou a proposta de parecer médico para vacinar seus filhos e tutelados.
O ministro da Saúde justificou que a fabricação ou a importação de doses de vacina só poderiam ser feitas após a autorização da agência. Caso contrário, a situação configuraria crime sanitário, e também disse que não houve atraso na data para adquirir os imunizantes.