Marcelo Queiroga Divulgação/Senado Federal

Brasília - O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, admitiu nesta terça-feira, 11, que a ômicron da covid-19 já é a principal variante que causa infecção no país, com pouco mais de 40 dias em circulação.   
Ao chegar na sede do ministério, em Brasília, o ministro da Saúde foi categórico: “A variante Ômicron já é prevalente no Brasil, infelizmente”. 
Ele continuou e disse que o país hoje vê o aumento de casos provocados por essa cepa. “Nós estamos assistindo ao aumento de casos. E como em outros países que têm uma campanha forte como a nossa [de vacinação], a nossa expectativa é que não ocorra um impacto em hospitalização e óbitos”, disse.
A cepa foi identificada pela primeira vez no país em 30 de novembro do ano passado. A ômicron tem se mostrado mais contagiosa que as demais variantes já registradas pelas autoridades sanitárias.
A primeira morte pela variante Ômicron no Brasil foi confirmada no dia 6 pela Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia, em Goiás. O homem tinha 68 anos, era hipertenso e tinha doença pulmonar obstrutiva crônica. Segundo a pasta, ele havia recebido três doses de vacina contra a covid-19. 
Avanço da ômicron
Nesta segunda-feira, o ministro da Saúde já havia se manifestado sobre o avanço da variante ômicron. Ele disse que a cepa provoca incerteza, mas espera que não haja um aumento no número de internações e mortes pela covid-19, mesmo com a alta de casos nos primeiros dias deste ano. 
"Nós temos um cenário pandêmico de uma certa incerteza em face da variante ômicron, com o aumento de casos, mas nós temos a esperança que não haja uma explosão das internações hospitalares e também um aumento proporcional de óbitos, porque a nossa população está fortemente vacinada", disse ele.
De acordo com o ministro, o Brasil apresenta um "desempenho semelhante a alguns países da Europa". Aqui e no continente europeu, de acordo com o ministro, "houve um incremento de casos, mas não tem havido uma subida de óbitos".
Queiroga também garantiu que o Ministério da Saúde tem a quantidade de insumos necessários para atender estados e municípios tanto na questão de vacinação, quanto de itens como oxigênio e o kit intubação. "Gostaria de tranquilizar os brasileiros que o Ministério da Saúde tem provisões", disse o ministro.
De acordo com ele, existem estoques reguladores do kits para um período de três meses. Ele também afirmou que o governo federal enviará testes rápidos de covid-19 para que os municípios amplie a detecção de novos casos.
O ministro também reforçou a importância da vacinação ao reconhecer que ela é responsável pela menor pressão no sistema de saúde mesmo com o recrudescimento da pandemia. "Temos a esperança que não haja uma explosão de internações hospitalares e também um aumento proporcional de óbitos por que a nossa população está fortemente vacinada", disse.
Contudo, ele afirmou que o Brasil tem a capacidade de duplicar a quantidade de leitos de terapia intensiva (UTIs). “Antes da pandemia, tínhamos 23 mil leitos. Depois, no auge da crise, subiram para 43 mil. No pior cenário, temos a capacidade de duplicar os leitos”, destacou. Ainda segundo Queiroga, houve uma queda de 90% no número de óbitos pela doença.