Bolsonaro volta a defender isenção do Brasil no conflito entre Rússia e UcrâniaAlan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a defender a posição de suposta isenção adotada pelo Brasil na guerra entre Rússia e Ucrânia e destacou que o país "não mergulhará em aventura". "Temos um problema a dez mil quilômetros daqui. Nossa responsabilidade, em primeiro lugar, é com o bem-estar do nosso povo. Nossa postura tem mostrado para o mundo como estamos agindo neste episódio. Estamos conectados com o mundo todo, e o equilíbrio, isenção e respeito a todos se fazem valer pelo chefe do executivo. As declarações foram feitas em um evento que marca o novo contrato de concessão das rodovias Dutra e Rio-Santos, conquistados pela empresa CCR, em São José dos Campos (SP).
"O Brasil tem seu caminho, respeita liberdade de todos, faz tudo pela paz, mas em primeiro lugar temos que dar exemplo para isso", acrescentou. Bolsonaro tem sido criticado por posições consideradas pouco firmes sobre a guerra e por ter visitado o presidente da Rússia, Vladimir Putin, uma semana antes do início do conflito armado que começou no dia 24 de fevereiro.
Ainda assim, o Brasil votou por condenar a invasão russa na sessão extraordinária da Assembleia-Geral das Nações Unidas. Nesta quinta-feira, 3, em transmissão ao vivo nas redes sociais, o presidente disse que o “equilíbrio" é a posição mais sensata neste momento.
No discurso em São José dos Campos, Bolsonaro ainda voltou a dizer que o governo acertou na condução da pandemia de covid-19. "Salvamos a economia e muitas vidas", disse o presidente. "Entregarei amanhã, um amanhã bem distante, um Brasil muito melhor do que recebi".