Vitor Braz de Souza, de 22 anos, foi morto com disparos de arma de fogoReprodução / Redes sociais

O jovem indígena Vitor Braz de Souza, de 22 anos, membro da tribo Pataxó foi morto a tiros, neste domingo, 13, em Ponta Grossa, no extremo sul da Bahia, após reclamar do som alto no evento Sigilo Fest que ocorria em Coroa Vermelha, localizada na aldeia Pataxó Novos Guerreiros. Lideranças indígenas acusam um participante do evento pelo assassinato do jovem. 
Segundo a ativista Thyara Pataxó, a realização da festa foi autorizada pela prefeitura de Porto Seguro, que deu um alvará liberando uma festa de não indígenas dentro do território indígena que ainda não foi homologado.
A jovem relatou que Vitor, que era uma das lideranças da tribo na região, e outros moradores, que residem próximo ao local do evento, estavam reclamando do som alto e do barulho, quando foram feitos os disparos que atingiram o jovem.
“Vitor saiu de casa para reivindicar por um direito seu, por um pouco de silêncio para sua esposa e filho que está com 30 dias de nascido. Inacreditável a forma como o cacique e demais lideranças e Vitor foram tratados, sem o mínimo de respeito e como forma de impor sobre o nosso território, atiraram contra Vitor em seu pescoço”, afirmou Thyara.
Vitor chegou a ser encaminhado para o Hospital Luis Eduardo Magalhães, em Porto Seguro, mas não resistiu aos ferimentos. A Polícia Civil afirmou que o autor dos disparos foi um homem ainda não identificado.
Lideranças indígenas se manifestaram, e lamentaram o ocorrido por suas redes sociais.
"Meu amigo, que covardia te tirarem de nós, acordei com a notícia triste de que você havia partido, vivi um filme das coisas que passamos juntos, das risadas, do nosso último encontro a um mês onde me cobrou uma visita, vamos sentir sua falta Vítor, falta da sua risada e coragem", afirmou Alíce Pataxó, uma importante figura política da tribo.