Telegram exclui mensagem em que Bolsonaro atacava urnas eletrônicasShutterstock

Rio de Janeiro - O aplicativo de mensagens instantâneas Telegram excluiu, neste sábado, 19, um texto do canal oficial do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). A decisão foi tomada em cumprimento a ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que deu 24h para que a plataforma acatasse integralmente as decisões da Corte.
Na mensagem apagada, o chefe do Executivo divulgava conteúdos sigilosos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e fazia ataques à segurança das urnas eletrônicas, com falsas afirmações sobre uma suposta fraude no sistema de votos. A publicação foi feita no dia 4 de agosto de 2021 e desde ontem foi substituída por um aviso de que o texto violou a legislação do país.
Entre as medidas que o Telegram precisa cumprir para seguir operando no Brasil estão a nomeação de um representante legal no país, a eliminação de perfis que disseminam desinformação, como as do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, e o detalhamento de quais medidas a empresa adota para combater essa questão.
Na sexta-feira, 18, o fundador do Telegram, Pavel Durov, admitiu que a empresa foi negligente e atribuiu o descumprimento das ordens judiciais a uma confusão de emails. Na mensagem que circulou pelo aplicativo, Pavel ainda pediu desculpas a Alexandre de Moraes e afirmou que irá cumprir com as decisões da Justiça.