Leque de ações que o Twitter divulgou está previsto em um memorando de entendimento firmado entre a empresa e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em fevereiroAFP
O leque de ações que a rede social divulgou está previsto em um memorando de entendimento firmado entre a empresa e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em fevereiro, visando à coordenação de esforços no combate à disseminação de desinformação no processo eleitoral de 2022.
A parceria, que deve vigorar até o dia 31 de dezembro deste ano, tem como objetivo o enfrentamento da desinformação divulgada contra o processo eleitoral, principalmente para garantir a legitimidade e a integridade das eleições que serão realizadas no dia 2 de outubro.
No anúncio feito nesta segunda, o Twitter destaca as principais ações para facilitar o acesso a informações confiáveis e que proporcionarão às pessoas mais recursos para consultar as políticas da plataforma, bem como para identificar perfis de instituições, partidos políticos, candidatas e candidatos das eleições.
Novas funcionalidades
Entre as novidades implementadas pela plataforma, estão a incorporação de etiquetas de identificação em contas de candidatas e candidatos, de uma seção no Twitter dedicada a informações relevantes e confiáveis sobre as eleições e de conteúdos especiais de curadoria.
Também foi lançada uma página específica sobre eleições no Brasil, na Central de Ajuda do Twitter, e o detalhamento da Política de Integridade Cívica do Twitter, que estabelece a proibição do uso dos serviços da plataforma digital para manipular e interferir nas eleições ou em outros atos cívicos.
O microblog menciona ainda as ações de treinamento junto aos trabalhadores do TSE e dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) para garantir o entendimento das funcionalidades e das ferramentas do Twitter.
Por fim, a rede social destaca que o TSE tem um canal direto e permanente de contato com os representantes da empresa para discutir iniciativas e melhores práticas que ajudem a proteger a integridade das eleições brasileiras.
No encontro, que teve a participação do diretor de Produtos do YouTube, Neal Mohan, o ministro destacou a preocupação da Justiça Eleitoral com a segurança cibernética e com a manutenção da integridade física e institucional de quem promove as eleições no país. Fachin também fez questão de valorizar as parcerias com plataformas globais de comunicação digital e as políticas que ajudam “a defender a democracia e preservar uma sociedade livre e aberta”.
O representante do YouTube assegurou ao presidente do TSE que as políticas de privacidade da plataforma têm como prioridade “garantir a integridade das eleições no Brasil, assumindo a responsabilidade de manter um processo eleitoral justo”.
Neal Mohan ressaltou que o aprendizado em outros pleitos eleitorais, como nos Estados Unidos e nos países europeus, ajudará a ampliar as ações de combate à desinformação e aos discursos de ódio, principalmente. Ele afirmou que “conteúdos enganosos, que violem a política de ação do YouTube, serão automaticamente removidos”.
O representante do YouTube informou que a plataforma já aplica ações permanentes de combate à desinformação, com vídeos – como os postados no canal do TSE – e encaminhamento a links parceiros, para que os usuários tenham acesso a informações precisas e corretas sobre o processo eleitoral brasileiro.
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